Segundo o dicionário,
poesia é:
poesia
s. f.
1. Arte de
fazer obras em verso.
2. Género de
composição poética.
3. Conjunto
das obras em verso existentes numa língua.
4. Composição
poética pouco extensa.
5. Qualidade
dos versos.
6. Maneira
de fazer versos, particular a um autor, a uma nação.
7. Inspiração.
8. Elevação
de idéias.
9. O que
desperta o sentimento do belo.
Observamos que muitas são as definições para poesia.
Pois bem: Existe um
movimento literário que nasceu com o modernismo que tenta fazer de qualquer
expressão que desperte o sentimento do belo; da elevação de idéias, como sendo
uma poesia. Que muitos pensem assim e
dentro de este movimento se insiram, não tenho nada contra e até respeito.
Eu respeito o movimento como disse acima, mas, particularmente
discordo e discordo porque acho que uma poesia sem versos, qualquer indivíduo
poderá fazer, entretanto, uma poesia com versos nem todos poderão fazer, e, se
os versos forem constituídos de rimas onde se utilizem de palavras pouco
convencionais, de forma a mostrar a cultura e grandeza de vocabulário de o
poeta, menos pessoas ainda poderão fazer. Sói os que trazem inatos o dom que é
dado por Deus.
Vejam duas poesias minhas e sintam o que estou a lhes dizer:
A Resposta
Da tua crítica cuido em aprender...
E qual Gregório de Matos, largo-me em sentir,
Fazendo-me surdo no ouvir,
Para cuidar deste broto de vida, que é você.
E se minha dignidade clama em responder,
Eis a resposta que posso te dar...
Neste soneto; nesta forma de amar...
Minha forma de luta; minha maneira de viver.
E se tua inteligência não cuida em apreciar,
Esta minha retórica imberbe,
Dir-te-ei sem qualquer sofreguidão,
Que a vida para me ensinar, serve...
Esta é minha maior lição...
Viver! Exercício de amar.
Antonio Rey.
Aqui está um soneto que
me utilizo para dar uma resposta... Vejam que existe uma sucessão de
idéias dentro de uma idéia central que é responder a alguém. Vejam que existem versos rimados, mas que,
para cumprir o objetivo das rimas posto que sem estas não existiria o
soneto, não existe o vulgar; a idéia
pífia. Antes, existe um vocabulário que enriquece a peça poética.
Vejam mais esta poesia... Tentem descobrir o que digo, a
quem digo e como me utilizo de a poesia para dizer o que naquele instante eu
sentia.
A Tarde!
Era tarde e a angústia me rondava,
Mas em nome do Senhor, tu chegaste,
Com tua luz, minh`alma iluminava,
Com teu amor, o meu amor tu brindaste,
E já tarde naquela tarde, tu me amavas.
Tua emoção, somou-se a minha,
As nossas almas em união...
O teu desejo, até mim, vinha...
Transformando meu amor em paixão,
E na magia da tarde o amor, caminha.
Em poucas horas, aquele tempo era secular,
E o instante se fez divino... Lúdico!
E o meu desejo querendo teu corpo, macular,
Transformando o divino; o pudico,
Num imenso desejo de te amar.
E o meu amor das cinzas nasceu...
Qual bela Fênix, cantada na mitologia,
Se ela nasce, o meu amor, ora renasce,
Fazendo à tarde, bela e doce magia,
Ordenando-me para que sempre, eu te amasse.
E o nosso amor fez da tarde, um belo dia,
Fez da solidão, plenitude de amar,
Fez da tristeza essa grande alegria,
Fez o mar ao meu amor se comparar,
E na tarde, o amor, duas almas unia.
Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira = Rey.
Será que qualquer poeta
faria o que eu fiz? Claro que não, pois cada um tem sua forma própria de
sentir e de dizer de este sentimento. É como pintar uma tela. Cada pintor tem
sua forma própria de combinar as tintas e de pincelar a tela.
Agora vejam uma poesia sem rimas que eu fiz, não porque goste,
mas, para justificar que qualquer um faz. É só escrever qualquer bobagem e
dispor em estrofes... Isso é tão fácil de fazer... Vejam:
Transmutação
E a seiva do desejo,
Por entre veias e artérias do tempo,
Esvai-se...
Outrossim, a seiva do amor,
Irrompe viril,
Trazendo atrelada a si muita sabedoria;
Muita paciência;
Muita cumplicidade;
Muita dedicação,
De forma que o amor dantes travestido de desejo,
Ora orlado de luz,
À tudo brinda na plenitude que deve ser infinito...
Antonio Rey.
Poderá alguém me dizer que esta poesia é melhor que as
outras. Vou respeitar, mas, discordo,
posto que esta, qualquer um faria e as outras já não. É por isso que eu digo
que poesia é a composição de uma idéia em versos. Já esta aí que dei o nome de transmutação poderá
até ser enquadrada como uma peça poética, porque, nasce do enlevo de emoção,
mas, jamais como uma poesia, porque para mim, poesia tem que rimar, versejar,
mas, com grandeza vocabular e clareza de idéias. Por isso que eu digo que nem todos que saem publicando
coisas, publicam poesias... Assim, nem todo “poeta” é Poeta.
Antonio Rey.