segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Ganância!

Os estrangulamentos de as economias das grandes potências mundiais nunca foram tão evidentes quanto agora.  Um único e grande motivo é o causador de tudo isso: As gestões fraudulentas de bancos, grandes corporações empresariais e principalmente os governos, tendo como gênese, a GANÂNCIA. 
Está em voga atualmente e com razão o levante popular contra esta doença social.
Já escrevi várias vezes sobre esta questão, mas, nunca é demais dizer que a loucura pelo dinheiro, que, em grau maior nós denominamos de ganância, tem feito de o homem, o grande algoz de si mesmo.
Ninguém pára para pensar que lesar o irmão, é lesar a si mesmo;
Ninguém pára para pensar que ludibriar o próximo, ludibria-se a si mesmo;
Ninguém raciocina que cada um é uma célula do tecido social e se você degenera, o tecido social que lhe é afim, inexoravelmente degenerará...
Sabemos que o capital está atrelado ao progresso e nem poderia ser diferente, mas, o que se discute é justamente a Ganância no ganho do dito capital que possibilita todos os avanços sociais, sempre em favor de si mesmo e detrimento de o semelhante. Aí onde está o erro.  Pensar que o sujeito ganha e que o semelhante perde. Não! Não é assim que funciona. Perdem todos. Ninguém está só. Todos nós estamos conectados a todos de forma que fazer mal a si mesmo e fazer ao semelhante, como fazer mal ao semelhante é fazer a si mesmo.
Ainda dá tempo!
 É mister repensar a relação de o homem com o dinheiro.
É mister trabalhar no consciente de cada a questão da perda da ganância para que o inconsciente coletivo futuro possa estar totalmente limpo.
O tempo é agora. Vamos juntos, de mãos dadas rumo à transformação global.

Antonio Rey.  

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O que é poesia?


Segundo o dicionário,  poesia é:
poesia
s. f.
1. Arte de fazer obras em verso.
2. Género de composição poética.
3. Conjunto das obras em verso existentes numa língua.
4. Composição poética pouco extensa.
5. Qualidade dos versos.
6. Maneira de fazer versos, particular a um autor, a uma nação.
7. Inspiração.
8. Elevação de idéias.
9. O que desperta o sentimento do belo.

Observamos que muitas são as definições para poesia.
Pois bem:  Existe um movimento literário que nasceu com o modernismo que tenta fazer de qualquer expressão que desperte o sentimento do belo; da elevação de idéias, como sendo uma poesia.  Que muitos pensem assim e dentro de este movimento se insiram, não tenho nada contra e até respeito.
Eu respeito o movimento como disse acima, mas, particularmente discordo e discordo porque acho que uma poesia sem versos, qualquer indivíduo poderá fazer, entretanto, uma poesia com versos nem todos poderão fazer, e, se os versos forem constituídos de rimas onde se utilizem de palavras pouco convencionais, de forma a mostrar a cultura e grandeza de vocabulário de o poeta, menos pessoas ainda poderão fazer. Sói os que trazem inatos o dom que é dado por Deus.
Vejam duas poesias minhas e sintam o que estou a lhes dizer:
A  Resposta


Da tua crítica cuido em aprender...
E qual Gregório de Matos, largo-me em sentir,
Fazendo-me surdo no ouvir,
Para cuidar deste broto de vida, que é você.

E se minha dignidade clama em responder,
Eis a resposta que posso te dar...
Neste soneto; nesta forma de amar...
Minha forma de luta; minha maneira de viver.

E se tua inteligência não cuida em apreciar,
Esta minha retórica imberbe,
Dir-te-ei sem qualquer sofreguidão,

Que a vida para me ensinar, serve...
Esta é minha maior lição...
Viver! Exercício de amar.

Antonio Rey.

Aqui está um soneto que  me utilizo para dar uma resposta... Vejam que existe uma sucessão de idéias dentro de uma idéia central que é responder a alguém.  Vejam que existem versos rimados, mas que, para cumprir o objetivo das rimas posto que sem estas não existiria o soneto,  não existe o vulgar; a idéia pífia. Antes, existe um vocabulário que enriquece a peça poética.
Vejam mais esta poesia... Tentem descobrir o que digo, a quem digo e como me utilizo de a poesia para dizer o que naquele instante eu sentia.

A Tarde!
Era tarde e a angústia me rondava,
Mas em nome do Senhor, tu chegaste,
Com tua luz, minh`alma iluminava,
Com teu amor, o meu amor tu brindaste,
E já tarde naquela tarde, tu me amavas.

Tua emoção, somou-se a minha,
As nossas almas em união...
O teu desejo, até mim, vinha...
Transformando meu amor em paixão,
E na magia da tarde o amor, caminha.

Em poucas horas, aquele tempo era secular,
E o instante se fez divino... Lúdico!
E o meu desejo querendo teu corpo, macular,
Transformando o divino; o pudico,
Num imenso desejo de te amar.

E o meu amor das cinzas nasceu...
Qual bela Fênix, cantada na mitologia,
Se ela nasce, o meu amor, ora renasce,
Fazendo à tarde, bela e doce magia,
Ordenando-me para que sempre, eu te amasse.

E o nosso amor fez da tarde, um belo dia,
Fez da solidão, plenitude de amar,
Fez da tristeza essa grande alegria,
Fez o mar ao meu amor se comparar,
E na tarde, o amor, duas almas unia.

Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira = Rey.

Será que qualquer poeta  faria o que eu fiz? Claro que não, pois cada um tem sua forma própria de sentir e de dizer de este sentimento. É como pintar uma tela. Cada pintor tem sua forma própria de combinar as tintas e de pincelar a tela.

Agora vejam uma poesia sem rimas que eu fiz, não porque goste, mas, para justificar que qualquer um faz. É só escrever qualquer bobagem e dispor em estrofes... Isso é tão fácil de fazer... Vejam:

Transmutação


E a seiva do desejo,
Por entre veias e artérias do tempo,
Esvai-se...
Outrossim, a seiva do amor,
Irrompe viril,
Trazendo atrelada a si muita sabedoria;
Muita paciência;
Muita cumplicidade;
Muita dedicação,
De forma que o amor dantes travestido de desejo,
Ora orlado de luz,
À tudo brinda na plenitude que deve ser infinito...

Antonio Rey. 

Poderá alguém me dizer que esta poesia é melhor que as outras.  Vou respeitar, mas, discordo, posto que esta, qualquer um faria e as outras já não. É por isso que eu digo que poesia é a composição de uma idéia em versos.  Já esta aí que dei o nome de transmutação poderá até ser enquadrada como uma peça poética, porque, nasce do enlevo de emoção, mas, jamais como uma poesia, porque para mim, poesia tem que rimar, versejar, mas, com grandeza vocabular e clareza de idéias.  Por isso que eu digo que nem todos que saem publicando coisas, publicam poesias... Assim, nem todo “poeta” é Poeta.

Antonio Rey.