Desejar ser amado (a) é algo muito natural. É porque é o
amor o combustível que dá propulsão a espécie humana. Sem este o ser humano
definha como definha a planta sem água.
O amor está para a saúde psíquica de cada indivíduo, assim
como a água está para a saúde de todos os seres vivos que habitam este belo
planeta.
Por esta razão, uma criança que até os sete anos receba
muito carinho e amor se faz um adulto consciente de si mesmo, capaz em tudo
quanto se propõe e muito menos carente. Já aquela outra criança que foi
relegada pelos seus ao esquecimento, quando não hostilizada no seu próprio seio
familiar, se tornará um adulto inseguro, de sentimentos confusos e por toda
vida buscará compensar a falta de amor da infância, por mais ele seja amado.
Quantos conflitos nos relacionamentos não tem em sua gênese
a infância mal amada? Quantos casamentos singram os mares das dificuldades do
cotidiano por conta do reflexo desta falta de amor? Quantos homens e quantas
mulheres necessitam de uma forma bem ostensiva de “provas de que são amados”
quando na verdade já são amados e por uma deficiência psíquica oriunda da
infância, não sabem de fato avaliar o seu relacionamento?
Penso que o relacionamento sadio deve passar pela observação
profunda destes fatos. O ciúme que toda pessoa tem, uns em grau maior outros em
grau menor, deve de quando em vez sair de cena para permitir um raciocínio mais
equânime sobre esta possibilidade. Esta pergunta poderia abrir a boa vontade
para que a compreensão em seu grau maior pudesse existir: Por que fulano ou
fulana precisa tanto que eu lhe demonstre o tanto que eu lhe amo? De onde vem
esta necessidade? Freud diria neste
instante: Da infância mal amada; do desejo de compensação que como uma grande
ferida lateja em seus pensamentos diuturnamente.
Mas, para que isto aconteça é necessário conhecer a história
de vida da sua companheira ou do seu companheiro. É mister se interessar pelos
problemas do outro (a). Sem esta preocupação e este interesse, o relacionamento
poderá corroer e com o tempo, este, que poderia ser o templo do AMOR, vir a
ruir como poderá ruir uma construção sem a manutenção.
Se posso deixar um conselho para aqueles que desejam um
relacionamento duradouro, digo que procurem compreender, procurem analisar o
que se passa no fundo da alma da (o) sua ou seu companheira (o), e lhe cubra de
carinho.
Outra coisa muito importante nos relacionamentos, é que o
sexo que juntamente com o amor alicerça a união eterna, não pode e não deve ser
apenas instrumento da animalidade humana, antes, tem que ter sua gênese no
amor.
Duas pessoas que verdadeiramente se amem, não precisarão
jamais de subterfúgios na cama. O amor, traduzido em beijos, afagos e toques é
o combustível que permitirá a pira do desejo permanecer acesa.
Ame e se permita ser amada (o).
Beijos! Mil beijos...
Antonio Rey.