Se considerarmos que xenofobia é
também, “hostilidade, receio, medo ou rejeição direcionadas às pessoas que são
estranhas ou incomuns ao meio em que se está habituado ou em que se vive”,
temos visto com temor as atitudes descabidas da bancada protestante do
Congresso Nacional. Primeiro, porque tudo e todos que não estão conforme a
doutrina protestante são exclusos; são tidos como coisas que podem macular o
seu meio. Segundo, porque querem impor suas ideias e suas formas de vidas como
se fossem as verdadeiras e a únicas capazes de fazerem das pessoas ou de certos
clãs, bons e benéficos à sociedade. Erro crasso!
No meio católico, espírita, budista,
muçulmano, bramanista, hinduísta, umbandista, entre outros, tem indivíduos
bons, dignos, inteligentes, como no meio protestante também existem. Por que
então alijá-las do seu convívio? Não é esta uma atitude reacionária inaceitável
nos dias atuais?
A xenofobia chega a tais níveis neste
meio que o Pastor Marco Feliciano, deputado federal, presidente da comissão dos
direitos humanos e minorias da Câmara Federal,
por suas atitudes de desrespeito com certos grupos brasileiros, tais
como negros, gays e lésbicas, tem sido por um lado, alvo de críticas ferrenhas
de vários setores da sociedade brasileira, e pelo lado da sociedade
protestante, ovacionado e tido como o supra sumo da dignidade e coerência.
Se é inaceitável na sociedade como um
todo este tipo de atitude, muito mais descabida é essa postura dentro do
Congresso Nacional, que, deveria primar por suprema honra e dignidade.
Antonio
Rey.