quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Soneto Glacial!






Ardia em meu peito o amor,
Na intensidade da explosão atômica;
Na doçura com que o colibri beija a flor...
No furor da alma indômita.

E porque ardia, dei-me de coração,
Entre o bailado da lascívia
E a loucura da paixão...
Qual ao alçapão, se dá a cotovia.

Entretanto, calei em mim tal ardor...
Eu que no amor me fiz de mar,
Emudeci, parei de amar e de sorrir...

Vagas de ciúmes me fizeram calar,
Tornar-me glacial... Preferi.
Sequei, qual seca o botão da flor.



Antonio Rey

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Qual será o preço de uma vida?





Alguns quilos de maconha ou cocaína não pagos, a honra de um sujeito sem escrúpulos metido a mais homem que os outros, ou, uma barreira que dificulte alguém não menos escrupuloso ainda a chegar aonde deseja, ou, o desejo desmedido de ter muito dinheiro? Qual será mesmo o preço de uma vida?
A resposta para todos estes meus questionamentos está na condição equivocada em que a humanidade colocou a energia denominada de dinheiro.
A ganância de o dinheiro, entenda-o aqui, apenas como metáfora de poder, seja este em que nível for, tem levado o homem a cometer excessos. Assim, são medicamentos para pacientes em estados gravíssimos falsificados, são desvios de recursos públicos que deveriam salvar vidas ou pelo menos, minimizar os problemas humanos, tragados pela ganância de gestores espúrios, são policiais fazendo o papel de bandidos e a eles se nivelando, são seqüestros, são vendas de sentenças, são omissões de médicos e hospitais a socorrer quem lhes chegam moribundos por não terem vultosas contas bancárias, são mortes e mais mortes sob o pretexto de que, alguns morrendo, outros, haverão de lhes temer.
Gente! É preciso que as famílias, como alicerce de toda a estrutura social, reeditem pensares acerca do que é realmente o dinheiro, o poder, a fama e coisas tais. É preciso passar para os seus filhos que existem outros valores que são duradouros, que são eternos como, por exemplo, a moral e a ética em seu sentido mais profundo, que nem todo o dinheiro e poder do mundo poderão lhes comprar. Se a família não se mobilizar no sentido de começar a modificar o seu núcleo social, que é a própria família, jamais a humanidade será transformada.
Aqui na cidade em que nasci e resido, quantos filhos menores dirigindo e fazendo badernas, quantos jovens embriagados quase que diariamente, quanta valentia pelas ruas, quantas arruaças, mormente agora em este período de política? Onde seus pais, lhes pergunto? Seus pais não teem forças para reprimir nos filhos coisas que eles mesmos praticam. Normalmente estes jovens, são filhos de pais arruaceiros. Por isso que lhes digo que é mister uma ação rápida da família se de fato se deseja uma sociedade melhor.
Que Deus nos abençoe a todos! Que ELE abra nossas mentes no sentido de melhorar a vida humana.
Beijos!  Mil beijos...
Antonio Rey.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Um Instante!



Descansa desta tua lida
Vinde até onde o meu peito arfa
E compartilha este amor...
Imenso!

Vinde, pois, ó dona do meu ser,
Dá-me o prazer do teu amar,
Faz-me ditoso por te ter,
Iguala-me a um marujo em pleno mar.

Agora me basta te ver,
Imaginar...
Enlouquecer,
...

Deixa-me qual fizera Ícaro, o filho de Dédalo,
Queimar-me no fogo deste teu ardor,
Corro este risco sim: É meu anelo!
Quem não se arriscaria por amor?

Deusa desnuda,
Ventre a arfar,
Libido a mil,
Amar, amar, amar...

Antonio Rey