terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Conto




Desejo Feminino!


Seus lábios num misto de amor e desejo beijaram Maria... A televisão estava ligada e para dar um toque surrealista, posto que o amor devesse ser a tônica daquele instante, passava um filme de violência explícita onde o rosto de um rapaz, diga-se de passagem, muito bonito, era esmurrado por outro rapaz, não menos bonito.
A lascívia em alto, uma vez nascida daquele amor, determinava a João que prosseguisse em suas carícias onde suas mãos e dedos incansáveis, dividiam a mágica função de sublimar aquele instante.
Em dado momento, João fora compelido a tirar sua mão de um daqueles seios. Neste instante, preocupado se tinha sido agressivo em suas carícias questionou a sua amada ao que ela lhe respondeu que nada havia lhe doído, mas, é que ela gostaria de ver a cena.
A cena era aquela: Um rosto lindo sangrando pela ação grotesca de outro jovem.
Esvaiu-se a libido...
Não! Não existe qualquer amor desta mulher por mim... Muito menos desejo! Pensou, João.
Mil perguntas, dez mil respostas, cem mil dúvidas... Tudo isso a tirar o sono do pobre João, uma vez que o desejo já tinha sido tirado.
Pensou deixar aquela mulher, porque, para João, ou se ama, ou se ama. Ele jamais aceitaria um amor que fosse qualquer coisa muito menos amor...
Insone, permanecera João até altas horas. Depois, dormira... Morrera João, em seu sono, para nunca mais amar como de fato amou.

Antonio Rey.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Viva Intensamente!

Viva intensamente na medida do teu desejo. Seja sublimemente feliz! Viva, mas, sem provocar sofrimentos.



Viva o dia de hoje intensamente porque ninguém sabe como será o dia de amanhã. Não temos bola de cristal, e, poucos, muito poucos mesmo podem ter o dom da premonição. Mesmo assim, quem tem este dom, não funciona para si mesmo.
Amigos! Quantos casos temos visto de pessoas saírem até a porta da rua para admirar uma planta; uma flor e vem um automóvel desgovernado e a atropela? Quantas pessoas vão a um hospital para um procedimento corriqueiro, sem nenhuma complicação e após a aplicação de uma medicação que deveria sanar um problema simples, por ação de uma alergia; um choque anafilático ou mesmo de uma overdose não pode sair daquele hospital em um caixão? Quem está livre de ver sua vida subtraída nos escombros de um prédio que desaba ou coisa parecida? Quem está livre de em uma viagem de férias ou de trabalho, ver seu carro acidentado, ou, o avião em que viaja despencado das alturas e perder sua vida?
Pois é: Ninguém pode determinar como será seu amanhã, mas, qualquer um pode viver imensamente feliz o hoje; o agora...  Isso é o que nos cabe!
Cada um pode se sentir feliz por fazer qualquer coisa... Cada um tem seu objeto da felicidade aí, próximo de si... Descubra-o! Curta-o...
Não fique buscando valorizar o que você não tem, mas, gostaria de ter. Valorize sobremaneira o que já pudestes conquistar. Como? Observando o que de positivo ali existe. E posso te garantir que sempre existe algo de bom. É só querermos olhar com os olhos da boa vontade!

Vamos! Olhe o mundo à sua volta com olhos de boa vontade. Vamos! Se dê este presente maravilhoso: Seja feliz! Por favor: Seja feliz!

Beijos!  Mil Beijos...

Antonio Rey.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Cântico Sem Vida!



Olhar,
Imaginar...
Desejos despertos!
Inércia,
Pensar,
Temer,
Morrer...

Vinícius,
Quintana,
Neruda,
Teriam morrido?

Grilhões,
Deixem-me singrar neste imaginário mar,
Donde covardemente espreito leões,
Não me faças afogar!

Grilhões que impávido aceito,
Soltai-me ainda que tarde,
Isenta-me do opróbrio no meu peito,
Deixa-me aqui como sói: covarde.

Grilhões! Ra, Ra, Ra, Ra...
Gargalho nesta lânguida angústia
Qual um a cotovia sem cantar,
Neste ocaso que se inicia...

Antonio Rey.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Calo-me!



Calo-me na introspecção,
Ensejando muitos pensares,
Consciente de mim; do meu coração,
Qual o navegante com os mares.


Calo-me adstrito nas bobagens
Que pensam que penso...
Calo-me como certos viajores em suas viagens
No alarido do meu silêncio.

Calo-me porque me apraz
Construindo-me uma fortaleza,
Inebriando-me nesta paz,
Na minha consciência; na minha certeza.

Calo-me para não me tornar mais um,
Vil, frívolo e idiota...
Apesar de saber-me, comum...
Assim, no meu viver, ninguém me nota.

Calo-me enquanto desfruto deste amor
Amando na dimensão do meu amar
Admirando o perfume desta flor,
Entregando-me nas vagas deste mar.



Antonio Rey.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Canciones Brasiles!


Depois de um tempo sem poetar
Tomo tua pena de empréstimo
E tendo a esperança por laurel
Volto a gritar o meu brado, na terra onde reina Ismael.

E ora torno a protestar como dantes...
Só que dantes, cantei a miséria escrava,
E ora, cantarei uma miséria que muito dói e muito grassa,
Que observo nos campos, nos guetos; nas ruas e também pelas praças.

Fome, ó fome! Teus tentáculos,
Quais os da Hidra de Lerna, cingem num amplexo dorido,
Infortunados filhos da pobreza...
Largados na vida, ante o olhar da nobreza.

Nobreza, da qual só consigo sentir dó,
Porque, distante do real, imersa em seu asco,
Qual Tristão de Ataíde,
Com olhar de desprezo: - mata; fere; agride.
 
Nobreza, comprometida com o nada,
Que habita castelos inócuos,
Que desconhece Platão e Plotino discorrendo sobre o Ser...
Por isso perde-se pela vida, na busca do ter.

Nobreza! Árvore inerte, sem fruto; sem flor.
Lânguida filha da mãe avareza,
De alma pobre e glacial
Vida vã; vida vil sob os auspícios do mal.
 
Assim, se dantes vi o negrinho esquálido,
Sugando as secas tetas maternas,
Hoje, vejo nos guetos, velhos, jovens e crianças,
Num estertório de horror, clamando ao nada, cheios de esperança.

Que um dia, desça um anjo do Céu,
E assuma o poder temporário da Terra,
E transforme a pedra dura; - o coração,
Em vasilhas abarrotadas de mel e cestos cheios de pão.

Mas, até que este anjo aqui aporte,
Não posso calar minha voz, ante este gládio que me dói,
E solto o meu grito ao Infinito...
Pai! Desce de Tua Glória; socorre esses pobres aflitos.

Vede ó Pai Grandioso! Vede esta cena tão tétrica
Nos terreiros de minha Terra Bahia,
Mães esquálidas recorrem a dispensa; recorrem o armário,
Vazios e sem nada, com lágrimas nos olhos, fitam o zimbório.

E, como se Te visse naquele, retira duas lágrimas dos olhos,
E ouvindo o Mestre alvitrar: ‘’Bem aventurados os aflitos...’’
Dedica-Te, suas lágrimas, como óbulo
E de Te, em resposta, sente um ósculo.

Não apenas na Bahia, meu Pai. Olhai também por todo o Nordeste!
Por quê tanta fome meu Pai, seria isso uma peste?
Que os imundos e nojentos políticos,
Usam como mote em grande bazófia e reboliço?

Acolá, coração paterno, álgido de dor,
Põe a mão nos ouvidos pra não ouvir os clamores,
De oito rebentos descarnados, e, nos catres largados,
E chora o mais triste dos choros, nunca dantes chorado.

Pai! Por quê o humano terreno é assim?
Ele estando bem, jamais se importa com o irmão?
Diferente de outras plagas que em Tua casa conheci,
A lei desta Terra é: - cada um só por si.

Não me responda meu Pai, que já sei Tua resposta.
Mas, é que nesta minha ode, não me dirijo à Ti,
Antes, num desespero, usando-Te em metáfora, tento fazer do egoísmo,
Coisa do passado, e, em seu lugar, nascer o altruísmo.

Ó minha Terra; ó meu Brasil!
Tu que em um passado glorioso me incendiou o coração.
Lutai contra esta droga letal que deixa o teu filho insone,
Uni-vos povo brasileiro! Uni-vos e exterminai a tal fome!



Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira =  Rey.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Será mesmo dúbio o ser humano?



Depois de ler certa matéria, um amigo, acredito que decepcionado, escreveu em seu perfil do MSN:  “No fundo no fundo o ser humano não sabe nada de si mesmo, o que pensa e muito menos o que sente”! -
Permita-me amigo tentar explicar, muito embora eu não seja nem filósofo para dominar certas áreas do pensamento humano, tampouco poeta para que, com a licenciosidade a que esta se reveste, saber explicar...
O homem é um ser dual. Matéria e espírito interagem para o bem de ambos, mas, esta interação nem sempre é pacífica. É que a matéria é atraída e segue o que é próprio de a matéria enquanto o espírito é atraído, segue e é a própria energia: espírito. Desculpa-me as redundâncias, mas, são necessárias.
O Espírito é polaridade positiva, já a matéria, negativa.
Assim, por ser o homem matéria e espírito e agir sob os influxos de ambos, este, aparentemente oscila muito entre ações que aos olhos dos outros são conflitantes em si, ou seja: na apreciação de muitos é dúbio o ser humano.
Ledo engano daqueles que assim pensam. Tudo no Universo existe e atua oscilando. Dia e noite se sucedem, maré alta e maré baixa, estiagens e enchentes, amor e ódio e por aí vai.
Logo, o homem porque imerso em este universo de possibilidades de “erro e acerto”, vive oscilando entre o que é aparentemente certo e o que é aparentemente errado. Mas, nada é de todo correto, como nada é também de todo, incorreto.
Acertar e errar é condição precípua para a ascese espiritual posto que se aprende tanto com os erros quanto com os acertos.
A mulher ou o homem, que, ama ao seu esposo ou a sua esposa e no mesmo instante se ver envolvida(o) pela energia espiritual de um outro homem ou de uma outra mulher, não é necessariamente dúbia(o) nem é necessariamente, desculpa-me o termo, safada(o). Tudo é questão de ponto de vista... Tudo é questão da religiosidade a que se está atrelado... Tudo é questão da cultura de um povo.
Naturalmente que existe um conflito íntimo em cada ser humano, principalmente entre NÓS HOMENS, não qualquer homem, antes, o que já se ver iniciado nos mistérios do Espírito, quando quer amar só a uma mulher, mas, se sente envolvido pela energia de outras. O que também é normal em as mulheres. Não são poucas as mulheres que amam a um homem e se envolve na energia espiritual de outro homem. Se existe conflito na cabeça destas mulheres por isso? Não sei! Nesta encarnação, nasci homem.
O homem não é DEUS, caminha para ESTE, é passível de errar e erra porque é necessário para a sua evolução;
Pode e deve se sentir envergonhado, sim! Mas, pode e deve saber perdoar a si mesmo, porque se não se perdoa, não se pode perdoar a mais ninguém;
Natural também porque se é humano é exigir dos outros o que ainda não se pode fazer... É ver erros nos outros que em si mesmo existem em demasia;
Natural ainda, pela ação do ego é se sentir santo e perceber em cada semelhante um demônio em potencial.
Todos somos iguais; todos somos humanos; todos erramos e acertamos.

Eu, da minha parte faço o possível e o impossível para ver meu semelhante feliz. Se em este meu Devir  vier a errar, peço perdão.

Beijos!  Mil beijos...

Antonio Rey.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Dimensionando Meu Amor

Esta poesia é a forma de presentear a esta pessoa maravilhosa que tenho o prazer de com ela ser casado.



Dimensionando Meu Amor!

Amo tua responsabilidade de mulher...
Que me ama como sempre desejei,
Que só vive para nossos filhos, como é,
Flor mais bela que beijei.

Amo-te na dimensão do meu amar,
Tangido por tua essência perfumada,
Qual certa nau, pelas vagas deste mar,
Quais certos pássaros, uníssonos em revoada.

Amo-te como jamais tu foste amada,
Porque sei apreciar o teu viver,
Porque compartilho da tua vida devotada,
Porque sei apreciar este teu ser.

Amo-te porque sinto este amor,
Imensurável, como sói a imensidão,
Amo-te qual o colibri a flor,
Amo-te, neste arder desta paixão.

Amo-te hoje e para sempre,
Consciente do amor que sei te dar,
Amo-te, minha pérola; meu presente,
Amo-te agora, e, para sempre vou te amar.


Antonio Rey.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A Ganância 2


Ninguém pára para pensar que lesar o irmão, é lesar a si mesmo.
Esta frase acima a escrevi na matéria abaixo. Penso que tenho de a ela retornar, porque, desde domingo estou estarrecido com a capacidade que o brasileiro tem em se superar na questão bandidagem.
Mentes brilhantes que deveriam ser usadas para o bem, usam para ludibriar seus irmãos;
Políticos maravilhosos, carismáticos, que deveriam se utilizar deste dom que Deus lhes deu para minimizar as dores dos menos favorecidos, usam recursos destinados a estes para enriquecer. MEU DEUS, EM QUE CÉU TU TE ESCONDES?  Questionaria Castro Alves neste instante, e, eu também;
Médicos brilhantes que poderiam estar salvando vidas pelo magnânimo fato de salvá-las, roubam recursos de um sistema de saúde já falido, quando em tese, chegam a dar em um dia, 36 horas de trabalho, porque, estão “de plantão” em um hospital, recebendo do SUS, mas, naquele dia, dá plantão em sua clínica, e em outros hospitais.
QUE PAÍS É ESTE? Perguntaria mais uma vez Renato Russo em seu cantar,e, eu também o faço.
Lesar o irmão é lesar a si mesmo.


A Ganância!


Os estrangulamentos de as economias das grandes potências mundiais nunca foram tão evidentes quanto agora.  Um único e grande motivo é o causador de tudo isso: As gestões fraudulentas de bancos, grandes corporações empresariais e principalmente os governos, tendo como gênese, a GANÂNCIA. 
Está em voga atualmente e com razão o levante popular contra esta doença social.
Já escrevi várias vezes sobre esta questão, mas, nunca é demais dizer que a loucura pelo dinheiro, que, em grau maior nós denominamos de ganância, tem feito de o homem, o grande algoz de si mesmo.
Ninguém pára para pensar que lesar o irmão, é lesar a si mesmo;
Ninguém pára para pensar que ludibriar o próximo, ludibria-se a si mesmo;
Ninguém raciocina que cada um é uma célula do tecido social e se você degenera, o tecido social que lhe é afim, inexoravelmente degenerará...
Sabemos que o capital está atrelado ao progresso e nem poderia ser diferente, mas, o que se discute é justamente a Ganância no ganho do dito capital que possibilita todos os avanços sociais, sempre em favor de si mesmo e detrimento de o semelhante. Aí onde está o erro.  Pensar que o sujeito ganha e que o semelhante perde. Não! Não é assim que funciona. Perdem todos. Ninguém está só. Todos nós estamos conectados a todos de forma que fazer mal a si mesmo e fazer ao semelhante, como fazer mal ao semelhante é fazer a si mesmo.
Ainda dá tempo!
 É mister repensar a relação de o homem com o dinheiro.
É mister trabalhar no consciente de cada a questão da perda da ganância para que o inconsciente coletivo futuro possa estar totalmente limpo.
O tempo é agora. Vamos juntos, de mãos dadas rumo à transformação global.

Antonio Rey.  

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Poesia

Embófia!




Da embófia nesta poética, faço estro,
Pra eternizar o meu repúdio ao nepotismo,
Donde o cinismo é tomado como empréstimo,
Pra justificar a vil ganância do capitalismo.

Homens vestais, passam pelas ruas, despercebidos,
Nos seus trejeitos de impolutos pensadores,
Lá nos covis, raposas tétricas, enriquecidos,
Sugando as tetas do erário: os senhores.

Esses nojentos passam em carros luxuosos,
Enquanto os pobres, na decência, andam a pés,
Colarinhos brancos; muito dinheiro; preguiçosos,
Anverso do que é digno, que no bolso, alguns mil reis.

Ó nepotismo, Conde Drácula da pobreza,
Devolve ao povo o que dele tu tirastes,
Uma vez na vida, tenha atitude de nobreza,
Deixa este trono e vai viver do que plantastes.

Tu és inculto, não entenderás minha embófia,
E se entenderes, tu és cínico de profissão,
E eu sou bobo, nesta minha crítica filosófica,
E tu de tão sabido, é chamado de ladrão.


Antonio Rey.