quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Veredas!

Nas veredas da vida,
Luz ilumina o cansado andarilho,
De costas curvada por sua cruz pesada.
Possibilitando-o andar.

E ao ver a luz, o pobre andarilho,
Ajoelha-se agradecido...
E costura em fios de pensamento,
Sua vida.

Ali, sonha sonhos seculares dos arquétipos humanoides,
Que servem ao ser humano como trilhos de caminhar,
Como dorso suave a se montar,
Como fogoso alazão a cavalgar.

Nas veredas, a luz!
Na vida, a cruz,
No sorriso, a catarse,
Na catarse, o sentido.


Antonio Rey. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A  VERDADE  É  MUTÁVEL

 

 




Para o homem da Terra, a verdade jamais foi eterna. Ela se modifica sempre que o pensamento humano se acha apto à novos vôos.
Utilizemos a Física para estudarmos a afirmação supra.
Demócrito, que viveu, exatamente de 460 à 370 anos antes de Jesus Cristo, era um filósofo. E porque os filósofos buscam responder as questões que dizem respeito ao porque das coisas, utilizando apenas sua intuição e a lógica, idealizou que toda matéria, era constituída de pedaços ínfimos, que, por serem ínfimos (na sua visão) não poderiam ser subdivididos.
Nascia a Teoria Atômica de Demócrito. Assim ficou denominada. (Teoria Atômica) porque derivava da palavra átomo. Essa palavra grega designava algo não divisível. Portanto, conforme Demócrito houvera idealizado era até pouco tempo essa sua teoria, a mais pura verdade. A matéria era formada por diminutas partículas, indivisíveis, denominadas de Átomo. Eis a Teoria Atômica.
Essa sua informação fez evoluir o pensamento humano e as ciências como um todo, principalmente a física e a química.
E conforme a ciência ia evoluindo, aquela verdade ia passando a não ser tão verdadeira.
O primeiro desmentido da verdade ficou estabelecido quando se descobriu que no interior do átomo, existiam: elétrons, neutrons e protons. Portanto, o que antes era indivisível, agora, já era divisível.  
O tempo passou, a estética do pensamento humano evoluiu e com esse as Ciências.
Com o surgimento de aparelhos, tais como: microscópios, lunetas, telescópios, etc.,etc.,etc., as ciências com suas tecnologias, tomaram grandiosos impulsos.
E a cada novos vôos das ciências, novos pensamentos se faziam necessários agora para responder aos novos questionamentos. A ordem da coisa fora alterada.
Se antes as ciências precisavam do pensamento em forma de intuição para forçar-lhes os vôos, agora, elas, (as ciências) precisavam da intuição para idealizar cálculos, capazes de provar, o que a teoria de Demócrito não mais podia responder.
É isso mesmo leitor amigo:
A verdade de Demócrito, já não era tão verdadeira. Desculpe-nos a redundância, mas, não era mesmo.
Não era mais verdadeira, porque não respondia aos questionamentos da termodinâmica; não era mais verdadeira porque os questionamentos da ótica, se perdiam em meios à cálculos infindos e porque seguiam a ortodoxia da Física Clássica esses cálculos eram imprecisos; não era mais verdadeira porque atingira a Lei natural, de tudo perecer..
Assim, seguindo o curso normal do eterno evoluir, novas teorias surgiam, tais como as de Faraday, Maxwell, e a Lei de Glauss.  
Como já escrevemos acima, com novas teorias o pensamento humano também havia de se reciclar e, tanto o pensamento se reciclava que o homem das ciências se atrevia a alçar novos vôos.
Foi em um desses vôos, precisamente para responder ao intrigante questionamento do ‘’ corpo negro ‘’, que mais uma verdade ruiu. 
Explicaremos ao leitor sinteticamente, mesmo porque não somos físicos, o que é um corpo negro:
O corpo negro, é para a física, um campo, como o próprio nome sugere, ‘’ negro ‘’, que, absorve com mais intensidade, toda luz e calor. Apesar de captar para o seu interior mais que outro corpo qualquer o calor, absorve-o por inteiro, não devolvendo para o exterior nada deste calor excessivo.
Isso intrigava os físicos que trabalhavam na área da termodinâmica. Mas, vejamos parte de uma matéria que explica melhor o que vinha a ser este problema, para que depois possamos seguir com o nosso trabalho.
Em matéria para A Folha, jornal do estado de São Paulo, o físico Marcelo Gleiser, professor de física do Dartmouth College em Hanover (EUA) e autor do livro ‘’ A Dança do Universo ‘’ escreve:
‘’ O ‘’corpo negro’’ um dos problemas que afligiam os físicos era tão abstrato, aparentemente, que jamais poderia parecer relevante: a radiação de corpo negro. Antes de qualquer coisa, o que é um ‘’corpo negro ‘’?  Um forno com o exterior pintado de preto, por exemplo. Um objeto preto absorve muito mais radiação do que um de cor clara. O leitor pode comparar a temperatura dentro de dois carros, um preto e outro branco, deixados sob o sol de verão durante uma hora.
‘’ Um corpo negro é o objeto que absorve toda a radiação e não irradia nem reflete energia alguma. Os cientistas estavam interessados na radiação em seu interior, ou seja, com o que acontece quando suas paredes são aquecidas até certa temperatura. A idéia era que, com o calor, os átomos dessas paredes iriam vibrar, liberando radiação para o interior da cavidade. Aliás, um forno comum está repleto de radiação infravermelha, que chamamos de ‘’calor’’. Essa radiação seria então reabsorvida pelas paredes, numa dança de emissão e absorção que levaria a um estado final de equilíbrio entre os átomos do forno e a radiação.
‘’ Segundo a física clássica, esse processo de emissão e absorção de radiação pelos átomos do forno deveria ser contínuo, como toda outra troca de energia na natureza. Os átomos poderiam emitir e absorver qualquer quantidade de energia transportada pela radiação. Infelizmente, e para desespero de vários físicos, incluindo o alemão Max Planck, as previsões da física clássica contradiziam o que se mediam nos experimentos.
Deixemos o quinto parágrafo da matéria de Gleiser e vamos até ao oitavo.
Continua o professor de física:
‘’ Após longa agonia, Planck encontrou a solução do impasse, que apresentou no dia 14 de dezembro de 1900 à Sociedade Alemã de Física: a troca de energia entre os átomos e a radiação não é feita de forma contínua, mas sim discreta. Os átomos só podem emitir e absorver radiação em pequenos pacotes, múltiplos de uma quantidade mínima determinada pela freqüência – átomos trocam energia como os homens trocam dinheiro, em múltiplos de um centavo, cujo equivalente é o ‘’quantum’’ de energia. Planck mostrou que, a uma dada temperatura, radiações de maior freqüência, sendo mais energéticas, estão ausentes da radiação de corpo negro. (Os grifos são nossos).
Eis aí, mais uma ‘’verdade’’ irrefutável, (de que os átomos absorviam e emitiam radiação de forma contínua) que o alemão Max Planck com sua Teoria Quântica a desmentiu.
O homem da Terra nada sabe! As ciências, as religiões, e os pensadores, pensam que tudo sabem, porque têm orgulho, egoísmo e vaidade em excesso.
No dia em que nos propusermos a deixar entrar em nossas mentes as imorredouras lições do Mestre Maior, não como ora as encaramos, mas, na sua pureza original, veremos quão vis e débeis somos.
Não sejas orgulhoso e prepotente leitor, não foi Ele mesmo quem disse: Bom mesmo só o Pai!!?
Pois, toda verdade é mutável e, se encontra na razão direta da estética do pensamento humano. Sempre que a Segunda evolui, força a evolução da primeira, para responder aos seus questionamentos.
A única verdade que é imutável é o Espírito, como Essência Divina!



Antonio Rey.


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O Brasil de Agora.


Estava agora a pouco assistindo alguns vídeos postados no youtube e fiquei pasmo com tanta idiotice. Será que para aparecer, será que para se tornar conhecido e famoso vale tanta bobagem?  Outro fato me incomoda sobremaneira: é o que passa pela degradação do gosto humano. Explico: O gosto pela cultura seja ela construída por boas leituras, boas músicas, bons filmes, vem se degradando a cada dia. Hoje quem gosta do que é bom é tido como idiota ultrapassado. Para se estar na “crista da onda” é necessário se nivelar por baixo e consumir o inconsumível. Tanto isso é verdade que a indústria musical vem dando prioridade às estúpidas músicas de duplo sentido, com arranjos que não são senão urrarias e coisas deste tipo em detrimento da música sublime; da música ouvível.  E a literatura? Hoje, para se justificar a insipiência de saber e a incapacidade interpretativa costuma se criticar quem escreve com galhardia, chamando-o de arrogante, de idiota e quando não de pseudossábio. É proibido nos dias atuais mostrar que se tem cultura. O chulo, o pernóstico e as frases simplórias estão em alta nos dias atuais. Pergunto: O que seria de um Joaquim Nabuco, um Rui Barbosa, de um Machado de Assis, de um José de Alencar, de um Olavo Bilac e um Freire entre tantos gênios do pensamento nos dias de agora? Teriam de se esconder para não serem apedrejados?    
Rui Barbosa disse que haveria um tempo em que o homem de bem se envergonharia de existir. Pois é o que está acontecendo neste instante aqui no Brasil. Pasmem! Hoje se tem vergonha de ser honesto, pois, a moda é roubar... Rouba-se o erário publico, (o político); o cliente, quando em nome da ganância se eleva em demasia suas margens de lucros, (indústria, comércio, principalmente planos de saúde e institutos de ensino).  E o que se deve falar dos bancos?  É uma grande brincadeira a ganância de estas instituições... Seus lucros cada vez mais abusivos retiram da grande massa que nada têm, para enriquecimento de uma minoria que tudo pode e tudo tem. Qual a compensação social que os bancos dão a sociedade? É justo este seguimento viver só para dilapidar ao humilde que por nada ter, recorre a este CRIMINOSO SOCIAL? Se você financia um imóvel, um carro ou um bem qualquer, você, se conseguir quitar o financiamento, acaba ficando com um bem e pagando três. Eles alegam que os juros são abusivos porque a inadimplência é alta. Pois, eu digo que: A inadimplência é alta porque os juros são abusivos. Se houvessem juros menores, a inadimplência seria mínima ou quase nenhuma. E quem não entra na “orgia financeira” é tolo, débil, incapaz, posto que não seja empreendedor; não é capaz. Onde ficam a moral e a ética, a bondade, o desprendimento? Não tem mais lugar neste mundo? É isso? E os políticos? Ladrões de colarinhos brancos... Câncer que degenera o tecido social. Só existem para se locupletarem... 
Para não prosseguir mais na minha indignação quanto aos desmandos e a degeneração do tecido social tomo a liberdade de citar Castro Alves:
“-Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus? – “

Antonio Rey.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Carta de Amor!


Quando uma carta de amor eu te fizer,
Direi que o meu amar, é o que sou,
Pois enquanto apaixonado estiver,
Dou-te uma carta pra provar o meu amor.

E se um endereço para ela eu não tiver,
Em mil pedaços lhe jogarei ao mar,
Para que mil amores lhe possam receber...
Dou-te uma carta para provar o meu amar.

E se um endereço eu tiver: enviarei...
Embebida em meu perfume; em meio à rosas,
Dizendo o amor que só serei,
Dou-te uma carta de amor: terás as provas.

Nesta minha carta tu verás minha escrita,
Em letras belas, ou, em letras tortas,
Mas minha carta, tu a terás: acredite...
Dou-te uma carta de amor como tu gostas.

No envelope... O meu amor escrito!
No meu amor... Minha emoção!
Na emoção... O que acredito!
No que acredito... O meu coração.



Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira  = Rey.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Sobre ser ou não amado.


Desejar ser amado (a) é algo muito natural. É porque é o amor o combustível que dá propulsão a espécie humana. Sem este o ser humano definha como definha a planta sem água.
O amor está para a saúde psíquica de cada indivíduo, assim como a água está para a saúde de todos os seres vivos que habitam este belo planeta.
Por esta razão, uma criança que até os sete anos receba muito carinho e amor se faz um adulto consciente de si mesmo, capaz em tudo quanto se propõe e muito menos carente. Já aquela outra criança que foi relegada pelos seus ao esquecimento, quando não hostilizada no seu próprio seio familiar, se tornará um adulto inseguro, de sentimentos confusos e por toda vida buscará compensar a falta de amor da infância, por mais ele seja amado.
Quantos conflitos nos relacionamentos não tem em sua gênese a infância mal amada? Quantos casamentos singram os mares das dificuldades do cotidiano por conta do reflexo desta falta de amor? Quantos homens e quantas mulheres necessitam de uma forma bem ostensiva de “provas de que são amados” quando na verdade já são amados e por uma deficiência psíquica oriunda da infância, não sabem de fato avaliar o seu relacionamento?
Penso que o relacionamento sadio deve passar pela observação profunda destes fatos. O ciúme que toda pessoa tem, uns em grau maior outros em grau menor, deve de quando em vez sair de cena para permitir um raciocínio mais equânime sobre esta possibilidade. Esta pergunta poderia abrir a boa vontade para que a compreensão em seu grau maior pudesse existir: Por que fulano ou fulana precisa tanto que eu lhe demonstre o tanto que eu lhe amo? De onde vem esta necessidade?  Freud diria neste instante: Da infância mal amada; do desejo de compensação que como uma grande ferida lateja em seus pensamentos diuturnamente.
Mas, para que isto aconteça é necessário conhecer a história de vida da sua companheira ou do seu companheiro. É mister se interessar pelos problemas do outro (a). Sem esta preocupação e este interesse, o relacionamento poderá corroer e com o tempo, este, que poderia ser o templo do AMOR, vir a ruir como poderá ruir uma construção sem a manutenção.
Se posso deixar um conselho para aqueles que desejam um relacionamento duradouro, digo que procurem compreender, procurem analisar o que se passa no fundo da alma da (o) sua ou seu companheira (o), e lhe cubra de carinho.
Outra coisa muito importante nos relacionamentos, é que o sexo que juntamente com o amor alicerça a união eterna, não pode e não deve ser apenas instrumento da animalidade humana, antes, tem que ter sua gênese no amor.
Duas pessoas que verdadeiramente se amem, não precisarão jamais de subterfúgios na cama. O amor, traduzido em beijos, afagos e toques é o combustível que permitirá a pira do desejo permanecer acesa.

Ame e se permita ser amada (o).

Beijos!  Mil beijos...

Antonio Rey.


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Fugaz!



Intransponível olhar,
Que em instantes voa do glacial ao fogo da paixão,
Neste insuspeitável mar de sentimentos,
Tangido em vagas de amar,
Salpicado com condimentos de ilusão.

Olhar a dizer o inaudível,
Tecido em semitons de aforismo desafiador,
Se de perfume em nem sei,
Muito embora me pareça agradável,
Tão fugaz quanto o perfume de certa flor.


Antonio Rey.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Inteligência Emocional.




Rey! Não entendo a vida. Sou tão preparado, modéstia à parte... Tão culto, tão inteligente, entretanto no trabalho, sou subalterno de um inculto, de QI irrelevante. Às vezes amigo chego próximo do desânimo... Vontade de largar tudo sabe? – Disse-me certo amigo.
Respondi-lhe:
Isso não ocorre apenas contigo. Existe uma inquietação na mente daquele que fica a observar certos fatos, assim como existe uma indagação a ser respondida.
No passado não tão distante era o QI a única e capaz condução do indivíduo ao sucesso em todos os setores da vida. Contudo, pela mesma inquietação que tens, vários estudos e várias observações foram feitas e acabaram por se descobrir o QE. Viu-se então que para o sucesso na vida a quantidade de inteligência por si só não representava muita coisa, mas, inteligência junto a emoção dizia muito; podia muito mais.
Por que?
Porque é muito natural que o homem culto e de QI elevado se isole da sociedade a que pertence. Isso ocorre normalmente porque nem sempre o intelectual, o inteligente, gosta de interagir com quem ”não está” no seu mesmo nível. Ademais, cada um é como é.
 Não é coisa boa quando isso acontece porque aquele que assim age, acaba por ferir uma regra precípua da vida, que é o caráter gregário que dá identidade a espécie humana. Isolar-se é ferir este princípio.
Então, o inteligente que se isola, no primeiro momento passa a ser antipatizado. Ninguém quer saber as causas emocionais ou culturais que levaram aquele indivíduo a enclausurar-se em si mesmo. Simplesmente o antipatiza; simplesmente o critica; simplesmente não lhe enxerga. Assim, porque ninguém pode caminhar sozinho, toda inteligência, toda cultura acaba inócua em si. Todo saber do mundo de nada valerá se não for compartilhado!
No segundo momento por estar isolado, não consegue nunca estar no lugar certo, na hora certa, como se diz por aí.
Já aquele que sabe usar sua inteligência, mesmo que não tão intensa, com a capacidade de se inter-relacionar bem; já aquele que emocionalmente sabe se dar, sorrir, ajudar, pedir ajuda, consegue criar uma psicosfera de boas energias em seu derredor que lhe facilita o viver; que lhe abre portas; que lhe conduz aonde o seu pensamento desejar. Normalmente por ser mais sociável, este está sempre no lugar certo, na hora certa.
Talvez seja por isso meu amigo, que o aparentemente inculto ou não tão inteligente, consiga sucesso na vida e que o culto, capaz e inteligente, não consiga.
Meu amigo! A vida é um dinamismo maravilhoso. Quem dá, recebe; quem nega não recebe; quem abre uma porta, tem outra que se lhe abre.
Disse o grande psicólogo baiano, radicado em Salvador, Dr., Adenáuer Novaes, em seu maravilhoso livro, Psicologia do Evangelho, da Editora Fundação Lar Harmonia; “Quando atribuímos poder ao ego, inflacionando-o, reduzimos a capacidade de aprender pelo Self.
Pois é meu amigo... Quando nos valorizamos demais, deixando o nosso ego acima do que deve estar, postergamos o aprendizado, negligenciamos a vida tal qual ela deve ser vivida e acabamos algoz de nós mesmos.

Assim, você meu amigo que sempre me prestigia com suas leituras aqui no Filosofando, busque interagir mais, brincar mais, sorrir mais, dividir mais...
Não se esqueça jamais: ! A vida é um dinamismo maravilhoso. Quem dá, recebe; quem nega não recebe; quem abre uma porta, tem outra que se lhe abre.

Beijos! Mil beijos...

Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira.

Ps:  Este assunto instigante e tão atual, é tratado de forma intensa e bastante agradável, no livro Inteligência Emocional de autoria do Dr. Daniel Goleman, Phd em psicologia pela Universidade de Harvard, lançado aqui no Brasil pela Editora Objetiva. Trata-se de uma teoria revolucionária que o estudioso busca redefinir o que é ser inteligente. Vale a pena ser lido; estudado.




terça-feira, 7 de outubro de 2014

Arrogância.




Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Humilhando aos humilhados sobre o erário que não é teu
Sangrando os cofres públicos com ganância insaciável.
Engordando suas contas bancárias
Deixando o pobre mais miserável.

Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Tripudiando o eleitor que te içou às alturas,
Simples em sua pobreza brigou com o melhor amigo,
Perdeu o arrimo dos pais, ficou sozinho consigo,
Julgando ser seu amigo o seu pior inimigo.

Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Negando o calor amigo a quem sempre esteve contigo
Deixando-o acabrunhado, qual a dor de Prometeu,
Pois antes de sufragá-lo, sonhava contar contigo,
Mas, quando te elegeu viu no teu olhar, o erro que cometeu.

Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Praticando o nepotismo
Juntando em seu semicírculo, incompetentes ridículos,
Desprezando os instruídos, sem motivo, sem sentido,
Porque os instruídos são honestos; - os déspotas seus amigos.

Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Tu que ontem era humilde,
Hoje, sorrindo impávido,
Soltando teus agouros; teus brados,
Cuspindo tua empáfia no pobre eleitor humilhado.

Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Passar, olhar para mim e o teu rosto torcer...
Boba, tola, idiota. Tu, que não tens nada de ti,
Eu, pelo menos sei rimar, por isso posso sorrir.
E tu? Livre do que roubas de mim o que tens mesmo de ti?



Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira.     

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Poesia.

Ao meu Amor!




Se em êxtase teu corpo nu, observo...
Neste leito a repousar pos a labuta,
Labuta e luta na dança de vencedores,
Vencidos, no ígneo arfar daquela luta,
Beijo-te, e inalo, ó vinho dos meus amores,
Fazendo-me: teu guardião; teu amor e o teu servo.

E se o meu corpo ainda é pira em combustão,
A minha paixão por teu amor, é o meu deleite,
E o meu deleite é só o de observar,
Teu belo monte; teus seios alvos como leite,
Exigindo-me, lhe tocar e lhe beijar...
Extasiado estou, perdido nesta visão.

E em respeito a ti, ó deusa de minha vida,
Rogo a Deus pra sempre nos abençoar,
Que o nosso amor seja tão mais assim divino,
Onde o ardor do meu amor, seja te amar,
Neste meu misto de senhor e de menino,
Compreendendo que sempre serás minha: querida!

E neste sagrado instante, velo teu sono com os meus beijos,
E minhas lágrimas são sínteses do meu sentimento,
O meu encanto externo aqui, nesta poética,
Amar e amor são um só contentamento...
Volúpia e êxtase, submeto a minha ética,
De tanto te amar, subjugo os meus desejos.

Minha mulher; meu doce amor...
Bem mais que antes, te amo ora, cada vez mais,
E se os meus desejos submeto nesta métrica,
O que, de te espero, é que seja sempre comigo nesta Terra...
O que ora te prometo...
É que o meu amor por ti, será sempre bem mais que o eterno.



Antonio Rey.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O Porque do Cristo!



Por que Ubaldi diz que ‘’este mundo de leis naturais não conhece a justiça, porque essa justiça é conceito novo de um mundo mais elevado’’?

Porque sendo a Terra um mundo inferior na hierarquia; mundo de provas e expiações, natural que seja através da dor, que estas provas e expiações se cumpram, e, que, ela (a dor) deve atuar pelo próprio homem terreno, como juiz, algoz e vítima de todos contra todos.
Assim, os conceitos de justiça do Cristo, - a nossa mais bela herança – só podem ser compreendidos por alguns indivíduos, esses, homens especiais, agentes do próprio Cristo e seus homens de confiança, tidos, pela massa incapaz de compreender essa justiça, como ineptos, idiotas e loucos, mas, sob a proteção do Divino Mestre, responsáveis, por vivificarem o Seu Evangelho.
Daí porque o Evangelho do Cristo, como a maior diretriz traçada neste orbe para fazer evoluir o homem terreno, não pode morrer.
Como compreender e aceitar a dor como ferramenta necessária à ascese humana sem a diretriz e as lições do Evangelho? Como trabalhar-se a si mesmo ante ao desconhecimento do homem comum, atuando sobre o homem comum, sem os exemplos do Cristo, contidos no bojo do Evangelho? Como pode o homem querer prescindir do Cristo como roteiro seguro a ser seguido, se esse homem não traz em si a consciência desta justiça?
Enquanto a Terra não ascender na hierarquia cósmica, precisará sim o homem, da religião, dos mestres e gurus e acima de qualquer coisa, da confiável figura do Mestre Jesus como Bendito Farol, porque, se avatares ao nível de Buda, mostraram como anular-se do mundo a partir da meditação, que, momentaneamente ‘’conduz’’ ao nirvana, só o Cristo, traçou o roteiro seguro de como enfrentar o necessário calvário,- única ferramenta na Terra- que, projeta o homem através da evolução biológica, para evolução Espiritual, como a maior razão do viver.
É difícil viver na integralidade o Evangelho do Cristo aqui na Terra porque interesses naturalmente humanos, e, por isso mesmo, necessários à vida terrena, conflitam com os interesses de o Evangelho. Aqueles que tentaram a exemplo de o próprio Ubaldi, Francisco de Assis o Chico Xavier, dentre outros, foram alcunhados de loucos, idiotas e ineptos como acima já mencionei.
Entretanto, entendendo ou não este novo conceito de Justiça, entendendo ou não a necessidade da dor como fator precípuo a elevação espiritual neste nosso planeta, mormente agora como ele se encontra, temos que nos curvarmos a ela nos moldes das diretrizes pelo próprio Cristo enumeradas, sob pena de nada ter valido a Sua encarnação entre nós, como entidade essencialmente humana naquele instante.
Que possamos refletir sobre as nossas dores.


Antonio Rey.

sábado, 20 de setembro de 2014

Amor!


Amor! Eu sem ti nada sou...
Quando muito uma dor
Que me doe neste peito
Duas lágrimas talvez
No lençol, no meu leito.

Amor! Eu sem ti nada sou...
Sou o inferno de Dante
Ardente, inflamante,
Lacerando-me em meu peito
Pois estais tão distante.

Amor!  Eu sem ti nada sou...
Perco minha razão; amoral sem perdão.
Encontro-me nas trevas, nesta dor que dá dó.
Pois tu és minha luz: minha vida, meu sol.

Amor!  Eu sem ti nada sou...
Qual edifício à ruir
Cheio de mofo, sem vida, sem ar.
Pois tu és minha luz: o meu grande pilar.

Amor!  Eu sem ti nada sou...
Minha alma querida,
Meu bálsamo sagrado, curas-me as feridas.
Pois tu és minha luz: o que de mais sagrado me há.

Amor!  Eu sem ti nada sou...
Sou um rei sem trono
Um cantor sem sua voz
Um veleiro sem vento
Pois tu és minha luz: meu viver, meu alento.




Antonio Rey

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Brumas do Tempo!


Por entre as brumas do tempo,
Esperei-te incólume nesta certeza
Agora embevecido te contemplo,
Desnudando tua alma; tua beleza.

E não bastasse assim te contemplar,
Enquanto teço o meu viver,
Amando minha forma de te amar,
Sinceramente? Não quero te perder.

Quero afagar teu corpo e cultuar tua alma,
Quero me entregar a ti sem qualquer reserva,
Quero te amar todinha com esta minha calma,
Na cama, no mar ou sobre a relva.

Quero-te como jamais alguém te quis,
Na medida deste meu amar invulgar,
Fazendo-te assim, mais que feliz,
Neste meu amor, maior que o mar.


Antonio Rey. 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Ela, a Poesia.



Encontrei-te poesia...
Nesta manhã, sorrindo-me.
Não observei o que tu vestias,
Porque tua alma tocou a minha.

Do teu sorriso, fótons de luz,
Do teu saber, sabedoria,
Teu estro me conduz,
Encontrar-te é minha alegria.

Estou assim enamorado,
Com meu pensamento em ti,
Com meus desejos calados,
Tragado por este teu sorrir.

Vi por entre esta honradez tua libido,
Por traz desta candura tua bravura,
Vi este amar as letras nascido,
Pira ardente nesta fonte de brancura.


Antonio Rey.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Para Pensar!

A cada dia a humanidade se torna mais agressiva, sensual e inepta.
Já paramos para pensar que somos todos responsáveis?
As Escolas e as Academias, o que têm feito? As religiões como têm absorvido este caos social? Qual o seu papel nisto tudo? E nós, pais de família, será que temos sabido conduzir nossos filhos de forma a minimizar este quadro?
Não! Não temos sabido minar este câncer que lentamente degenera a célula humana, porque nas Escolas e nas Academias, têm-se dado importância em demasia às doutrinas de negação e como resultado o cepticismo campeia... Já as religiões de grande penetração, têm com os seus ritos e dogmas, afastado o homem atual, isso porque, no nível em que se encontra o pensamento humano, mormente o do homem culto, do pensador e do sábio, tais subterfúgios não são mais aceitos. Por sua vez, nos seios das famílias o efêmero e a sede de ostentar é que determinam a conduta em detrimento do verdadeiro, que deveria ser o Amor, de forma a espargir-se a partir dos núcleos familiares, para toda a humanidade.
Analisemos onde o x da questão:
Porque o pensamento humano desenvolveu-se, não se pode dar para o homem atual, o que preenchia ao do passado.
Marx, com o seu socialismo, tentou igualar a todos e faliu. Faliu, porque foi de encontro à lei da natureza que é de desigualdade, caminhando paulatinamente para o equilíbrio. Faliu porque imaginou-nos iguais, quando somos diferentes.
Léon Denis, diz-nos:
‘’ O lado mais fraco da doutrina socialista é a ignorância absoluta do homem, de seu princípio essencial, das leis que presidem o seu destino. E quando se ignora o homem individual, como se poderia governar o homem social? ‘’ ( Léon Denis; O Problema do Ser, do Destino e da Dor. FEB, 1919, pág., 14 )
Comte com o seu positivismo exortou o altruísmo, a solidariedade e o amor, na trilogia que estabelecera e erigira sobre; Amor, Ordem e Progresso. Contudo, errou flagrantemente quando endeusou a espécie humana, porque neste seu endeusar, negou o Supremo Amor que, denominamos de: - DEUS, fulcro criador e razão de tudo.
Assim, em detrimento do Espírito que eterno e verdadeiro deve prevalecer, têm-se cultuado o mesquinho, o medíocre e tudo quanto é efêmero, porque se tem pensado a vida sobre um aspecto imediatista. 
Infelizmente a estética humana perde-se em meio a um emaranhado de sentimentos vis como reflexo do já analisado, que, já não nos satisfazem, tampouco nos preenchem. Por isso mesmo, como que num vácuo, perde-se aos poucos e degenera-se lentamente a humanidade.
O antídoto está no conhecimento integral do Espírito: essência Divina.
Não da forma como os ortodoxos, têm-no demonstrado, onde os mistérios e os dogmas cerceiam o livre filosofar, de forma a empobrecer a estética do pensamento hoje livre, quando para esse, não basta crer, mas, saber porque se crer.
Para tal, mister se faz atrelar a religião, às ciências, principalmente: a filosofia, sociologia, genética, química e a física. 
Voltamos a repetir que, dizer que ’’ religião não se coaduna com a ciência ‘’ é querer fazer estagnar o pensamento humano, anexo aos; idealismo e interesses da idade média... É querer atestar uma inércia intelectiva.. É subjugar o livre arbítrio humano.
Quando a física quântica e a nuclear penetram nos domínios da antematéria apontando para o Espírito como algo real e que conosco interage normalmente (Os princípio da telepatia explicam muito bem esta outra comunicabilidade), não mais podemos admitir a brida do medo e do pavor.
A índole danosa do homem da Terra deve sim ser trabalhada, mas com conceitos éticos moralizados que preencham o espírito que sabe questionar. Os mistérios como respostas, como brida para uma humanidade vil, já vos disse, não são mais aceitos. Não preenchem. Só joga este homem no vácuo da dúvida, da incerteza, de forma a tornar-se: agressivo, sensual e inepto.
Somos todos responsáveis.










Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira = Antonio Rey.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Átrios de Odes Vãs.

Palavras de amor escorregam-me nos lábios,
Ávidos de um beijo teu.
E não fosse a inocência que em mim habita,
Os teus já os teria beijado.

E nos instantes tecidos em estros adocicados,
Teço com partículas de vagares,
Os átrios de odes vãs,
Neste agora, de ocaso do amanhã.

Canoros dão-me musicalidades de fundo,
No afã de colaborar...
Anjos lá dos céus tecem jardins de flor em flor,
Inspirando-me nestes traços de amor.

A ainda agora,
Palavras escorregadias,
Nestes dias complementares deste reencarnar,
Emolduram esta vida de amar.


Antonio Rey.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Fascínio!

Diante deste silêncio,
Olho este teu olhar de expressões,
Neste rosto de risos incertos,
Nesta minha prece sem ritos.

A saudade devora-me,
Como as raízes devoram os humos,
E assim como aqueles insistem em existir,
Ainda existo.

E nos tortuosos vagares de saudades,
Vaga em mim, tamanha imensidade,
Nesta nebulosa de sentimentos,
Que me suga ao seu centro.

E a ode como último alento,
Embarga a rouca voz do momento,
Chorado em lágrimas benditas,
Do bendito sentimento.

Antonio Rey.


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Transmutação.




E a seiva do desejo,
Por entre veias e artérias do tempo,
Esvai-se...
Outrossim, a seiva do amor,
Irrompe viril,
Trazendo atrelada a si muita sabedoria;
Muita paciência;
Muita cumplicidade;
Muita dedicação,
De forma que o amor dantes travestido de desejo,
Ora orlado de luz,
A tudo brinda na plenitude que deve ser infinito...



Antonio Rey.  

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Sexo e poética.

E se o meu amor é bem mais que um amar,
E se a minha ética esbarra nesta paixão,
A minha poética é só pra te falar,
O que tu fazes, com o meu pobre coração.

É um inevitável conflito de sentimentos,
Onde a decência me manda te esquecer,
E o meu desejo, me conduz a acontecimentos,
Que a cada instante, me liga bem mais a você.

E neste embate do querer e não poder,
Os dias passam me deixando à deriva,
Sem o poder, para te ter neste meu querer,
Encontro-me louco de desejos, minha diva.

Olhos e risos me tiram o resto de juízo,
E só indecente é o que sou neste momento,
Onde meu pensamento, cria situação de muito riso,
De tal loucura, desejos e sentimentos...

Teu corpo nu, sentado por sobre o meu,
Minhas mãos amáveis, nos teus seios a tocar,
O meu desejo em sincronia com o teu,
Na louca dança dos nossos corpos a copular.





Antonio Rey.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Em terra de cegos...

Estive até agora a pouco observando os defensores e os acusadores políticos de toda ordem.  Com raríssimas exceções vi algo que preste.

O que na verdade vi em abundância foram os partidários do PSDB detratando o PT e os partidários do PT detratando o PSDB. Isso para falar somente dos partidos em voga no atual cenário brasileiro.

A coisa é tão séria que na calada da noite, em seus bastidores, aliciam pessoas para irem às ruas e aos meios da imprensa, detratar e mentirem, não com o objetivo de ver o seu país melhor, porque isso se faz através das urnas, mas, com o único fito de desestabilizar. Porque com a desestabilização poderão surgir os “heróis da pátria”. E aí vemos pseudos revolucionários destruindo o patrimônio público que é nosso e o patrimônio privado. É uma selvageria que me arrepia; que me anoja.

Amigos, em todo partido têm homens bons e ruins. Entretanto, todo partido quer se fazer aos olhos do eleitor um partido aureolado, acusando nos demais, o que o eleitor atento e descomprometido vê em abundância nos acusadores. É triste dizer, mas, todos os partidos estão prenhes de corrupção.

A política e os políticos são o câncer da nossa sociedade. Com a configuração atual, existem apenas para se locupletarem. Até quando fazem algo de substancial importância para a sociedade acabam levando a melhor, e, só o fazem, por isso. E a grande maioria dos que defendem, o fazem porque quer de alguma forma sugar em suas tetas; Quer de alguma forma tomar o bonde do poder.

É mister que as famílias se unam na construção de uma sociedade melhor. Sem isso os políticos e a política continuarão a ser o que hoje vemos: muitos telhados de vidros jogando pedras nos demais.

Avante Brasil!

Antonio Rey.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

E é assim!

Provocam-me tuas formas de tal forma,
Que mesmo querendo não te ver,
Na insuspeitável mudez deste gostar,
Estou sempre a te querer,
Afogando-me neste desejar.

E se o instante não coopera,
Morro em fios de instantes em mim,
Abrasado no ardor desta paixão,
Neste meu querer que não tem fim,
Inebriado de carinho, amor e excitação.

E quando minhas mãos medem teu corpo sem parar,
E os meus lábios te buscam nesta loucura,
Forjamos este amor que não tem fim,
Em mistos de lascívias e branduras,
Neste amor que só sei amar assim.

Antonio Rey.


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Sigamos!



Esta guerra íntima que travam os ensinos religiosos e a natureza humana é deveras desumana. Muitos não se dão conta disso e por isso não sofrem. Entretanto aqueles que pisaram o átrio da iniciação sofrem sim as injunções de este conflito.
Mas, tal é o viver! E se assim não fosse não haveria a tão sonhada glória da ascese, porque, esta não seria o fruto do esforço de cada indivíduo, antes um ganho fácil, vindo não sei de onde.
Daí a beleza de esta dádiva divina que conhecemos como reencarnação, porque, nos possibilita compensar erros, se é que estes existem, e, aprimorar os acertos.
Ah! Como é gratificante saber que somos os artífices de nossa evolução, e que, se hoje não estamos como gostaríamos de estar, estamos melhores do que fomos e temos a certeza que amanhã seremos melhores ainda do que agora somos.
A beleza e a bondade de Deus singram mundos e mundos afora desconhecendo o espaço tempo que nós terrenos conhecemos e estamos limitados, de forma a nos dar meios de forjarmos esta bela arquitetura da ascese espiritual nos utilizando da argamassa elaborada pelos conflitos acima mencionados, pelos trabalhos assistenciais desenvolvidos, pelos corações amorosos que se fazem jubilosos na constatação do bem do semelhante.
Que estes conflitos não nos parem no tempo esperando que nos transformemos primeiro para só depois iniciarmos o trabalho assistencial. Os nossos mentores estão na retaguarda compensando as nossas mazelas, nos ajudando na nossa pequenez.
Sigamos que um porvir de Luz e Imenso Amor nos aguardam.
 Beijos!  Mil beijos...


Antonio Rey.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Matéria sobre vidência.

Vidência



Fazendo parte do universo dos equívocos espíritas, muitos confrades, têm pregado sistematicamente que a vidência, é um fenômeno anímico. Dizem isso, afirmando que é a ‘’alma’’ (anima), quem faculta ao indivíduo ver. Concordo plenamente que é a alma quem faculta ao sujeito ver. Outrossim, pergunto: Qual o fenômeno em que o ser encarnado atua, que prescinde da participação da alma? Conhecem acaso algum? Nem por isso, tudo é animismo. É notório, que o corpo humano atua, em todos os sentidos falando, porque existe uma alma à anima-lo. Daí, por que no trato dos fenômenos medianímicos, conceituar a vidência como animismo? Partindo deste pressuposto, ( de que, é a alma que faculta a vidência ) toda e qualquer mediunidade seria também animismo, porque é essa, que possibilita ao ser humano, ( conjunto de corpo físico mais alma ) servir de médium do mundo exterior, e de si mesmo, que neste caso sim, chamaríamos de animismo.
Gostaria de deixar claro que a palavra médium, nos compêndios da doutrina espírita, não é apenas alguém que serve de medianeiro. É sim, antes de tudo, aquele indivíduo dotado de faculdades especiais, que, no passado era chamado de piton ou pitonisa e hoje, no estudos da psique, chamado de paranormal.
Particularmente entendo,  que o problema reside, não na ação da vidência em si, mas, nos conceitos que nós espíritas, temos dado às palavras, mediunidade e animismo. É na busca de suas morfologias, que os estudiosos se prendem ao superficial, em detrimento do âmago da questão.  O animismo, nada mais é do que uma ação mediúnica, do próprio comunicante, quando essa, externa-se, espontaneamente ou por indução, dos refolhos do seu inconsciente profundo. Também, está catalogado como animismo a mistificação;  seja essa, consciente ou inconsciente.
É preciso, que o espírita entenda, que Allan Kardec, nosso modelo maior depois do Cristo Jesus, em o Livro dos Médiuns, guia esclarecedor no assunto mediunidade, jamais utilizou-se da palavra animismo. Na verdade, temos ao longo de alguns anos, nos apegado na deixa de Aksakof.
Coube ao russo, Alexandre Aksakof, homem impoluto, pensador, filósofo e conselheiro do Império daquele país, propor o uso da palavra animismo. Aliás, ele próprio, em nota de rodapé, na pág. 226, do Vol. II, do seu livro Animismo e Espiritismo, nos diz, que, quem primeiro utilizou a palavra animismo, foi o Dr. Stahl, em seu sistema médico. Ele, o Dr. Sthal, considerava a alma ( anima ) como o princípio vital e o corpo, como sua criação, e agente de suas ações. Vê-se portanto, que o Dr. Stahl, jamais associou o animismo com a doutrina espírita, uma vez que em sua época, essa, ainda não tinha sido codificada. Ele designava de animismo, a ação da alma sobre o seu corpo físico.  A utilização da palavra animismo pelo Dr. Stahl, em nada se aproxima do uso que nós espíritas, hoje lhe damos.   
Naquele período, quando a doutrina espírita, recém codificada, veio esclarecer ao mundo que os raps, as mesas girantes e as pranchetas escreventes, entre outros fenômenos, eram frutos de uma ação inteligente, extra material, surgiu na época, um homem muito culto, inteligentíssimo, também pensador, como Aksakof, alemão de nascimento, e que se chamava de Eduardo Von Hartmann. Era o Quevedo daqueles dias.
Hartmann, não aceitava de forma alguma que o espírito, depois de desencarnado, pudesse fazer parte do nosso campo de ação, muito menos, agir sobre a matéria. Foi talvez, o maior detrator do espiritismo em todos os tempos. Todos os fenômenos, naquela época em voga, - porque, era a única forma dos espíritos chamarem atenção sobre a real imortalidade da alma – segundo ele, era possível, porque o sensitivo, utilizava-se de uma força nervosa mediúnica, levada a efeito, por uma super excitação psíquica de médiuns mui especiais.
Aksakof, que se apaixonara pela beleza do Espiritismo, - pois que antes era céptico, - como homem digno e probo, passou a pesquisar, catalogar fatos e matérias, muito divulgadas em jornais de toda Europa e América, como parte de um rigoroso estudo. Assim, para melhor formular o seu raciocínio, de forma a responder, convincentemente ao Sr. Hartmann, mais uma vez, propôs dividir os fatos mediúnicos em dois:
O Espiritual; que seriam todos os fenômenos levados a efeito pela ação comprovadas dos espíritos;
O Anímico; que seriam todos os fenômenos levados a efeito pela ação consciente ou inconsciente, do espírito encarnado ou, alma, como também, os que não se enquadrassem no caso acima.

Vejamos o que, o próprio Aksakof, nos deixa escrito, na pág.226, no vol. II, o seu livro já supra mencionado: ‘Para maior brevidade, proponho designar pela palavra animismo todos os fenômenos intelectuais e físicos que deixam de supor uma atividade extracorpórea ou a distancia do organismo humano, e mais especialmente todos os fenômenos mediúnicos que podem ser explicados por uma ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo.

Quanto ao que diz respeito à palavra espiritismo, ela será aplicada somente aos fenômenos que, após exame, não podem ser explicados por nenhuma das teorias precedentes e oferecem bases sérias para a admissão da hipótese de uma comunicação com os mortos. Se as asserções contidas nesta hipótese acham sua justificação, então o termo animismo será aplicado a sua categoria especial de fenômenos, produzidos pelo princípio anímico ( considerado como ser independente, razoável e organizador ) enquanto está ligado ao corpo; e neste caso a palavra espiritismo compreenderá todos os fenômenos que podem ser considerados como manifestação desse mesmo princípio, porém desprendido do corpo. Por mediunismo entenderemos todos os fenômenos compreendidos no animismo e no espiritismo, independentemente de uma ou de outra dessas hipóteses. ’’

                Notamos claramente, que Aksakof, não quis ir de encontro ao ‘’bom senso vivo’’ denominado de Allan Kardec. Apenas quis, com o termo animismo, dizer ao Sr. Hartmann, que se era possível ao espírito encarnado, comunicar-se telepaticamente, bilocar-se, escrever através da mão de algum médium,  entre outras ações, por que não o seria, para o espírito desencarnado?
                Na verdade, o termo animismo, foi o que de mais correto na época, Aksakof e depois outros, acharam, para provar ao detratores, a possibilidade da ação espiritual. ( entenda-se do espírito desencarnado. ) 

 Outrossim, Allan Kardec, em o Livro dos Médiuns, capítulo XIV,  - Dos Médiuns – Ensina-nos na questão 159.  ‘’ Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela da mesma maneira, em todos. Geralmente os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são:  a dos médiuns de efeitos físicos;  a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis;  a dos audientes;  a dos videntes;  a dos sonambúlicos;  a dos curadores;  a dos pneumatógrafos;  a dos escreventes, ou psicógrafos. ‘’ Adiante, neste mesmo capítulo, no item 5º - Médiuns Videntes - , na questão 167  ‘’ Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembranças precisas do que viram. Outros, só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo. Raro é, que esta faculdade se mostre permanente; quase sempre é efeito de uma crise passageira.  Na categoria dos médiuns videntes se podem incluir todas as pessoas dotadas de dupla vista.  A possibilidade de ver em sonho os Espíritos resulta, sem contestação, de uma espécie de mediúnidade, mas não constitui, propriamente falando, o que se chama médium vidente. ‘’

Assim, conforme Kardec, nos orienta nas questões acima, a Vidência é Mediunidade, pois, aquele que vê, segundo a questão 159 é Médium Vidente.
Contudo, neste trabalho que faz parte de um ensaio que estou elaborando, para que os equívocos diminuam, oriento aos neófitos, pois que os espíritas mais velhos já o sabem que:
Médium, ( Sensitivo ou supranormal. ) = É todo aquele que, sente, ver, ouve, escreve, pinta, fala e etc., sobre a ação dos espíritos.
Mediunidade = Exercício da função de médium.
Animismo = Fenômeno mediúnico, que consiste em o médium, externar criações próprias ( mistificação ) e, ou, aquisições pretéritas, que dormitam latentes no seu inconsciente.





                                   Riachão do Jacuipe- Ba., 15 de Dezembro de 1998.

                                                           Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira.


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Tortos versos!

No anverso de certos versos,
Inconfesso e reverso tal amor,
Dos que por esta dor estão possessos,
Inebriados pelo ópio de certa flor.

Debatendo-se num mar de amor em vagas,
O débil marujo sem razão se entrega assim,
Deixando se levar sem qualquer mágoa,
Ensandecido por tal amor que não tem fim.

Noites insones, por esta doce visão,
Que é tecida em fios de imaginares,
Confuso nem sabe se é amor ou paixão,
Náufrago neste mar de amares.


Antonio Rey.