D`onde qualquer ouvido nada ouve,
Qualquer olfato nada cheira,
Quaisquer olhos nada vêm,
Sons outros me embalam,
Cheiros de mato em agradecimento, e de café me comovem,
Aquelas auras ferem minha retina.
Difusos cantos de canoros diversos,
Operam o milagre de bela Ópera,
Acordando Vivaldis amarelos,
Mozarts multicores,
Para um único sentir.
E o látego do viver
no instante se esvai,
Quando o belo ali é forjado,
E se imiscui este sentimento alado,
A me conduzir para seu interior,
Onde residem, perfume, alegria e amor.
Antonio Rey.