quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Soneto à Deusa!






E a deusa de ébano, em seu amar,
Saindo da letargia da dor,
Deixou-se por um menino, caçar...
Felina em seu amor, matou o menino de amor.

E se o menino se deixou matar,
É porque de amor, ele quis, nela morrer...
Na volúpia da deusa felina se entregar,
Para na grandeza deste amor, nascer.

Agora, posto que um sonho nasce,
Na volúpia felina deste amar,
Mulher e menina se fundem neste amor...

Lúdico, como sói nesta entrega de se dar,
Divino e magnânimo qual a bela flor,
Mágico como a Fênix, que ora renasce.



Antonio Rey.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Interstícios!





Do tempo assim calado,
Trocando juros mudas,
Em conjecturas...
E ilações de amares.

Coração em descompasso,
Coragem forjada no medo,
Quais palavras em degredos,
Neste mudo grito do amar.

E o silêncio é tudo,
Neste lânguido amar,
Neste mar de receios,
Nesta troca de olhares.


Antonio Rey.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Ilusões de Sentidos



Vejo-te ora envolta no lençol azul,
Tecido em gotículas de luz,
A banhar o teu corpo um tanto escondido,
Por traz de pétalas de risos.

 Logo após, vejo-te ali sentada,
Como se a olhar para mim,
Envolta em mistérios,
Que trazes na alma.

Vejo-te também na distância do respeito,
Nos pensares que a mim me permito,
Sem a mácula que a maldade impinge,
Na bela postura de doce esfinge.

Vejo-te na impossibilidade da vida,
Que o momento outorga,
Em arroubos e desejos nestes tons poéticos,
Que o incauto amor à poesia confere.

Antonio Rey.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Cria e estro.







Em instantes de quase desespero,
Busco-te em visões de pensamentos,
Como bálsamo a lenificar meus sofrimentos,
E é donde vem a paz.

Teu olhar me esclarece no momento,
Dizendo-me das impressões de mil amares,
Como as uniões de tantas gotas formam os mares,
E aí, jaz!

E o abstrato forja o que se faz real,
Como do lodo a criação forja o lírio,
Tal como a fé chora aos prantos no Círio,
Na fé que não é demais.

E a indecisão ante o instante,
Erigido pelas luzes dos olhares,
Embevecido admirando estes pomares,
Que o tempo faz.

Antonio Rey.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Casuismo!










Por entre as frestas do tempo,
Correndo contra, sol, tempestades e ventos,
Encontrei-te!
Conquanto o tempo como fronteira,
E a distância como abismo,
És o que preciso.

Por Antonio Rey.


sexta-feira, 25 de maio de 2018

Onde a luz?




Onde uma luz que sorri,
Que verdadeira, toque almas?
Onde esta luz,
Divina, brilhante, em fios de verdade?

Esta, que forjada na doçura,
Nas entranhas do tecido divinal,
Nas tessituras angelicais,
Enfeitiça.

Quem não te busca ó luz,
Para deixar-se em ti envolver?
Por ti aquecer,
Em ti viver?

Ó, luz.
Sorria este teu riso,
Meigo, carismático, livre,
Infantil e preciso.

Por Antonio Rey.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Venho!



  

Venho... Decerto que precavido,
Neste mar bravio dantes conhecido,
Vencer o monstro da asneira...
Que expele golfadas certeiras,
Que jamais atingiram certo alvo,
Posto que convicto: posto que sábio.

Venho... Navegante, não como dantes,
Navegando donde não sei,
No imensurável mar de amor,
Com firmeza segurando os remos,
Impelindo meu barco ao destino,
Confiante, amante, menino.

Venho, na minha senda de amante,
Amando-te hoje mais que ontem,
Fazendo-te a amada dos sonhos dos amantes,
Felicitando-te nos meus braços aconchegantes,
Fazendo-te caliente qual larva escaldante,
Ao te dizer sussurrado, palavras indecentes.

Venho... Mais amoroso que outrora,
Consagrando nosso amor como faço agora...
Venho... Como sempre estive a vir...
Incólume, impávido, amável a sorrir.
Fazer-te o meu bem mais precioso,
Neste meu amar ora lascivo; ora amoroso.


Antonio Rey.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Desafina ação!







Fez do verde o profundo negro,
Pleno de frio,
Insípido, um tanto quanto insalubre,
Desproporcional a verve,
Porquanto travada.

Fora assim erigido o madeiro,
E lá fora pendurado o fulcro criador,
Desproporcional a cultura,
Mas, conforme a dor.

Mas a verve ainda é fecunda,
A espera do seu estro,
Sua musa, quiçá,
Ou o sol pra lhe guiar.

Por Antonio Rey.


sexta-feira, 6 de abril de 2018

TENDENCIOSIDADE!





O Brasil, por conta de atitudes tendenciosas de a Procuradoria Geral da União, Polícia Federal e Supremo Tribunal Federal, ver-se dividido.
É que a questão não é punir por conduta irregular, Dilma e Lula, porque, se assim fora, Aécio, Serra, Agripino Maia, Sarney e sua filha dentre tantos outros, também teriam que ser punidos.
A questão, é que a “aristocracia” não suportou ver a “plebe” se informando e assumindo postos da sociedade dantes reservados para os pseudos nobres.
Agora, o que nos envergonha e ver o SUPREMO, servindo aos “nobres”, que por sua vez são tão ou mais desonestos que os que foram punidos. Falta honra; falta dignidade; falta isonomia.
Sinto-me como brasileiro, envergonhado pelas atitudes daqueles que se dizem guardiães de a CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

Antonio Rey.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Sobre Vida...





Viver é um exercício de paciência; de tolerância; de perdão.
Quando você dá confiança você pode ser roubado...  Se você dá carinho e proteção, você poderá ser subjugado, poderão pretender lhe dirigir, justamente porque não sabem distinguir o carinho recebido com a tal da subserviência.
Viver é difícil.
Tem pessoas que atingem um grau de desrespeito tão imenso pelo semelhante que não vale a pena comentar.
Viver é difícil.
Entretanto é belo se você tem paciência, sabe tolerar e perdoar.
É que o verdadeiro amor, além de saber respeitar, sabe ser paciente, sabe tolerar e sabe perdoar.
Parafraseando Paulo de Tarso, sem o amor, somos como um sino barulhento. Apenas isso.

Antonio Rey.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Resposta da Natureza.




E os céus acode o sertão,
Lacrimejando emoção sobre seu solo,
Possibilitando o lindo verde,
Com a flora a sorrir,
Plena de amor; plena de emoção.

Pássaros em farras de agradecimentos,
Trinam e voam a todo o instante,
Em seus movimentos suaves,
Cantando seus cantos,
Em doce contentamento.

Urde a natureza a trama da mudança,
Na dança louca deste farfalhar,
Aos gritos das senhoras baraúnas,
Entre risos neste caminhar,
Por entre o solo da terra em bonança.

Responde sim a natureza,
Aos cuidados do sertanejo atento,
Às precipitações das chuvas,
Ao sol, à brisa ao vento,
Vestindo com galhardia e beleza.

Antonio Rey.

quarta-feira, 28 de março de 2018

Alforria!







Dou-te alforria, sentimento.
Porquanto tu és fruto de mal entendido,
Não te detenha preso.
Voa se queres, ou, então dissipa.


O cravo que ao madeiro te atrelava,
Rompeu-se... Oh!., suavidade!
Assim, nem sol a te queimar,
Nem lua a te inspirar,
Livre tu és, agora.

Xô, vai!  Voa pra bem longe.


Antonio Rey.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Pescador de Almas!





Fisgaste-me ó Cristo!
Quando imerso no charco que sou eu mesmo
Vi teu sorriso dissipando-me as trevas
Vi tua luz a cegar-me de tanto amor; de tanto bem.

Fisgaste-me ó Cristo!
Quando me jogaste o teu Evangelho
Como bendito anzol,
Saturado de amor; saturado de luz.

Fisgaste-me ó Cristo!
Quando falastes aos meus ouvidos
-  Eu sou o caminho a verdade e a vida
Fazendo nesta hora vibrar minh’alma em novo diapasão.

Fisgaste-me ó Cristo!
Quando amorosamente perdôo-me o passado
E passando Tuas luminosas mãos em minha cabeça
Disse-me: ‘’Vai e não tornes a pecar’’.

Fisgaste-me ó Cristo!
Quando no gólgota da ignomínia que não merecias
Elevastes teu olhar ao Pai e por mim rogastes:
-  Pai! Perdoai-o que ele não sabe o que faz...

Nesta hora, vi-te pleno no Pai
E pude entender estas palavras:
-  Eu e o Pai somos um!
E por isso estou pleno em Ti.

Assim, ora me feito peixe de Tua pescaria,
Rogo-te ó Gloriosa Luz:
Permita-me que também eu, possa participar do teu maior milagre,
E multiplicar o Pão Celestial...


  
By: Antonio Rey.








sexta-feira, 16 de março de 2018

Cruz e Fogo!





Escondido nas heras de sonhos,
Onde teço com fios de sentimentos o viver,
Revejo contemplativo os meus,
Decapitados pelas hordas de pudores.

Flores de perfumes e encantos,
Adrede em risos tais,
Definham no olhar sem coragem,
Pelas hordas de pudores.

E o que será a vida sem as flores,
Senão um viver insípido e inodoro?
Senão um lampejo de nada,
Embebido em tragos de por quês?

Entretanto, este Quixote ainda se esquiva dos seus medos,
Tentando escapar dos grilhões das hordas,
Transpirando perfumes para perfumar as vidas,
Mesmo atado a este ignominioso madeiro.

Tal é o viver.

Antonio Rey.



quarta-feira, 14 de março de 2018

De mãos e braços cortados.






Gasolina com índices abusivos de álcool, quando não com teor imenso de nafta, o que compromete o motor do seu veículo, sem falar que o álcool tem o valor bem mais barato que a gasolina, mas que, quando misturado à gasolina, acaba sendo comprado por nós, brasileiros otários, pelo mesmo preço da gasolina, energia elétrica sendo majorada sempre que as distribuidoras acham que devem, e que, para tanto criam mil artimanhas, água cara, porque na maioria das vezes pagamos pelo ar que gira o hidrômetro, internet que se paga e não se tem, e planos de saúdes que são verdadeiras instituições mafiosas. E o consumidor indefeso.
Qual é mesmo a função das agências reguladoras? Proteger a nós consumidores ou trabalhar para grupos desonestos que só pensam no ganho fácil?
Até quando nossos governos compactuarão com isso?
Deveremos nos submeter a tudo como uns pobres coitados?
“Que país é esse?”

Antonio Rei.


sexta-feira, 9 de março de 2018

Vinde!







Abre o sol da possibilidade,
Em olhares de outros tons,
No segredo do santo pudor,
No perfume de certa flor.

E se a felicidade habita o simples,
O belo também o habita,
Guardado em seus segredos,
No Sacrário do pudor.

Entretanto hás de amar,
Sem quebrar seu juramento,
Porque de amor é o viver,
E é assim que há de ser.

Vinde ó sol me aquecer,
Vinde com teu sorriso matinal,
Vinde dar sabor a este amar,
Vinde a este amar igual ao mar.

Antonio Rei

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Côncavo e convexo.



Conduzo-te ó amor pela vida,
Como me tens assim também,
Inalando este suave perfume que tu és,
Que me faz tanto bem.

E nesta diuturna interação,
Onde não apenas nossos corpos se completam,
Musicamos nossas vidas no mesmo diapasão,
Neste viver que nossas vidas cantam.

E neste côncavo e convexo que somos nós,
Sou colibri dependente desta flor,
Sou este rio caudaloso e tu a foz,
Tu és minha razão e eu sou o teu amor.


Antonio Rey.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

O Sol.



E o Sol travestindo-se em sentimentos,
Ilumina o quarto escuro da solidão,
Dissipando as sombras da escuridão,
Muito embora a noite chegará.

E sob os seus raios, flores encantam,
Choram, riem e perfumam,
No silêncio dos que amam,
Dando sabores ao ser.

E o Sol, mesmo embotado pela nuvem,
Sorri com lábios de amores,
Perfuma o encanto das flores,
No arrebol do viver.


Antonio Rey.