terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Cronica.

Passando a Limpo.

Que é muito importante o papel da Procuradoria Geral da União, não há o que contestar. Que é também de suma importância o papel da Polícia Federal, isso também não tem como contestar, como também o papel do Supremo Tribunal Federal. Não há também como contestar a necessidade de colocar todos, eu disse todos, os políticos, os policiais, os desembargadores, e, os ministros do supremo que sejam corruptos, na cadeia.
Mas há como contestar a atuação dos senhores impolutos do cenário nacional, só, no desmanche desta corja que atuou na insensata sangria do patrimônio da PETROBRÁS, empresa NOSSA, que, muito nos orgulha.
E a atuação frente à investigação nos governos estaduais e municipais, sejam estes governados por quais partidos políticos forem, será que não encontraremos sangrias tão ou mais violetas que a da Petrobrás?  Se for para passar o país a limpo que seja em todos os locais e em todos os partidos políticos, porque, ao que me parece, estes, e principalmente os políticos, só existem para levarem a tal da vantagem.
Neste instante quando estou a escrever esta matéria, lembro-me de um atrito em uma das reuniões do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, quando, o Ministro JOAQUIM BARBOSA disse ao Ministro GILMAR MENDES, em tom de intensa insatisfação, que, era preciso se parar de dar o jeitinho brasileiro. Foi uma discursão seríssima, que levou o então presidente daquele tribunal à época, salvo engano o Ministro Carlos Ayres Britto, a suspender aquela sessão para que a imagem daquele Egrégio Tribunal, não saísse mais arranhada do que na época saiu. Passado alguns meses, o mesmo ministro questionado pelo Ministro JOAQUIM BARBOSA, ao que tudo indica virou expoente de dignidade. Será?
Volto a dizer: Se for para passar o Brasil a limpo, que possa ser lavada a sujeira por onde quer que ela exista, e, eu tenho convicção que esta, está em toda parte e não apenas junto aos calhordas do PT, do PMDB, e, de alguns poucos P`s...  E os P`s das elites, dos médicos e etc., será que são anjos, senhores impolutos, que, vivem sobre a lama que sempre fez afundar esta pátria sem sujarem seus pés?
E para socorrer minha angústia, concluo citando o Mestre Castro Alves: “Deus, onde estais que não responde, em que Céu, em que estrela Tu Te escondes?”



Antonio Rey.

sábado, 28 de novembro de 2015

Poética em linhas tortas

A imagem não esconde o corpo,
Antes, mostra-o em toda sua essência,
Em fios de lascívias... De mulher,
Como se criança fora.

E o desejo sangrando respeito,
Irrompe das entranhas físicas,
A borbulhar em respeitosa taça,
Que se oferece sói aos santos.

E os lábios,
Desejaram untá-la respeitosamente,
Qual respeita o Beija-flor ao beijá-la,
Na ação do santo instinto.

E a visão a retém até então,
Desde aquele século das cruzadas,
Até o presente e o futuro,
Apaixonadamente a amá-la.


Antonio Rey. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Jamais vi tanto em tempo algum.


Com o advento da internet, santos, sábios, conselheiros, intelectuais, poetas, escritores, justiceiros e por aí vão, se fizeram presentes.
É bem comum ao entrarmos nos sites de relacionamentos vermos mensagens edificantes de toda ordem, de todo gosto e pra toda necessidade. Mensagens que constroem status de bondade ou pelo menos a necessidade de se modificar em algum aspecto aqueles que as leem. É de fato gratificante, enriquecedor, e, sumamente nobre. Não é necessário discutir os motivos que os conduzem a publicarem as ditas mensagens e se quem as publicam são de fato tão nobres na razão diretas do que fora postado. Não quero nem posso me ater a este pormenor. Quero apenas dizer da grandeza destas, porquanto seus resultados são o que, particularmente me chamam à atenção.
Uma coisa que jamais vi dantes, até porque não tinham como ver, é a necessidade de companheirismo e amizade demonstrada por aqui. É que existe muita gente cheia de gente ao seu lado, mas, infelizmente, irremediavelmente sós. É que a solidão passa por tantas nuances não observadas que por vezes me apiedo dos que não sabem se fazer solidários (as), companheiros e, ou, companheiras. Não é demais dizer que somos seres gregários e que a interação com o semelhante é de fundamental importância para construir um estado de prazer na existência. E por este fato que muitos e muitos relacionamentos aqui são construídos, porque aqui, e, só aqui, as pessoas se permitem ouvir o seu semelhante e analisar sua essência através de suas manifestações. Daí novos amigos, novos amores novos sabores como também, novos dissabores.
Por aqui a velocidade é mais intensa que a dá luz. Rsrrsrsrsrsrsr. Tanto é que você dá um grito aqui, e acolá, imediatamente em outros continentes, em outros países, o grito acaba chegando tão ou mais forte quanto fora gritado e muitos acabam ecoando o mesmo grito e os resultados podem ser os esperados ou não. Mas o que importa e que seu grito não feneceu na sua garganta como dantes.
Fico a imaginar agora quando estou a escrever este meu pensamento o que não faria Vinícius de Moraes no campo do amor, neste instante de alta tecnologia e velocidade, ele, que tão bem soube representa-lo, fosse através de suas poesias, fosse através de sua própria vida, porque, de tanto amar, não deixou este amor preso e reservado a uma só pessoa, mas, soube dividi-lo entre tantos que se tornaram públicos e tantos outros que ninguém tivera conhecimento. Mas, que ninguém diga que ele não soube amar, porque quem o estudar atentamente pode dizer com certeza que quando ele amava, amava de fato e fortemente, tanto é que assim é que ele falava de sua forma de amar:
Soneto da Fidelidade!
Por Vinicius de Moraes
De tudo, ao meu amor serei atento antes
E com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

E quantas coisas mais tenho visto por aqui. Pena que para não tornar este meu escrito desaconselhável para os dias atuais, dou-me por satisfeito.
Porém a que mais me incomoda é a preguiça que a grande maioria tem de ler. E por isso sinto que muitos não chegaram até a este parágrafo. Fazer o que? Isso também faz parte deste instante.
Jamais vi tanto em tempo algum.


Antonio Rey. 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Fascínio!



Diante deste silêncio,
Olho este teu olhar de expressões,
Neste rosto de risos incertos,
Nesta minha prece sem ritos.

A saudade devora-me,
Como as raízes devoram os humos,
E assim como aqueles insistem em existir,
Ainda existo.

E nos tortuosos vagares de saudades,
Vaga em mim, tamanha imensidade,
Nesta nebulosa de sentimentos,
Que me suga ao seu centro.

E a ode como último alento,
Embarga a rouca voz do momento,
Chorado em lágrimas benditas,
Do bendito sentimento.

Antonio Rey.


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Acontece.

Enquanto a Terra gira, o sol,
A luz intensifica o medo,
E os segredos.
E o ser em seus devaneios,
Perde-se.

E assim,
A Sereia emerge com os seus cantos,
Requebros e encantos,
Como a lhe dizer:
Amo-te!

Antonio Rey.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Degredo.


E em fios de devaneios,
Medos e desejos estraçalham o Cavaleiro Andante,
Orlado por dragões de receios,
Dificultando-lhe a senda de amante.

E quem poderá querer tal lutador,
Se seu querer se submete ao medo,
Combalido em desamor,
Nesta vida de degredo?

Mas se o Cervantes fosse,
Traçaria novo rumo ao amor,
E deste tomaria posse,
Qual colibri a se entregar à flor.

Donde espumas embelezam as pedras,
A sereia larga-se em cantar,
Sob a visão tristonha e lerda,
Do Cavalheiro do Amar.

Antonio Rey.


Sobre o livre arbítrio.



Filosofar o Livre Arbítrio.


Estive nesta manhã, buscando na filosofia de Baruch Spinoza, as bases para erigir uma plausível resposta aos anseios dos que não conseguem chegar a um lugar almejado, por mais envidem esforços e energias em tais objetivos.

Antes, quero dizer que Spinoza foi um filósofo holandês que viveu de 1632 a 1677, e, que a base de o seu filosofar, era o panteísmo. Foi considerado herege e aos poucos, viu-se abandonado até por seus familiares.

Apesar de entender que vivemos imersos em um Todo, do qual somos partes essencialmente integrantes, costumava dizer que, “Deus não é um manipulador de fantoches”, muito embora, em sua filosofia, o livre arbítrio, perdia certo espaço para o determinismo.

É justamente o determinismo visto e analisado por Spinoza, que é a base das respostas às nossas perguntas atuais.

Ora, é sabido que existem pessoas, que, por mais busquem determinada coisa, jamais conseguirão. Por que? Porque está, já pré-determinado em suas vidas, o que elas tem que ter, e, o que não poderá jamais ter.

Esse pensamento segundo a ótica spinoziana, retira de cena a figura do livre arbítrio.

Mas é sabido que esse existe.

Sim, existe sim. Mas é preciso que busquemos outro pensador, Allan Kardec, para poder com sua filosofia, conciliar o livre arbítrio que inegavelmente existe, à filosofia de Spinoza, quando esta, se não lhe suprime de todo, lhe nega em boa parte.

Como?

É simples: Kardec esteve analisando, segundo suas observações acerca das vidas de muitas pessoas e das respostas dos espíritos superiores, que, o livre arbítrio, é muito mais utilizado na intermissão, (período em que um espírito no mundo espiritual elabora o seu projeto de vida para uma nova reencarnação) do que, propriamente na vida física.

É isso! Segundo a filosofia kardecista o livre arbítrio aqui, depois de encarnado, existe, mas, está subordinado ao que fora planejado no mundo espiritual. Lá, esse é muito mais abrangente, quando é um vislumbrador das possibilidades em todos os níveis, do que aqui no plano físico. Isso nos conduz a imaginar que Spinoza tinha suas razões apesar de não ter tentado conciliar livre arbítrio e determinismo. Por isso, sua filosofia, em certos pontos parecia ambígua. Deus não nos manipula, mas obedecemos rigorosamente ao que está já, desde antes, determinado a acontecer. 

Assim é, que depois de compreendermos como livre arbítrio e determinismo atuam, fica fácil aceitar porque aparentemente estamos remando contra a maré, em certos momentos de nossas vidas. Justamente porque o nosso plano de vida, só conhecido pela essência espiritual, é as mais das vezes, totalmente contrário ao que gostaríamos no nível de consciente.
Penso que me utilizando de Spinoza e de Kardec, encontro uma solução plausível para certos problemas atuais.

Não digo que tenhamos que nos acomodar, mas, é mister buscarmos aceitar a ordem natural das coisas, para que não entremos em um processo de apatia, que, poderá nos levar até a depressão.

Assim, fica fácil compreendermos que o determinismo atuando em nossas vidas, está subordinado ao crivo do nosso livre arbítrio, que fora, em sua maior abrangência, aplicado no plano espiritual.

Sintetizando o pensamento: o livre arbítrio constrói no plano espiritual as metas e os inter-relacionamentos necessários para te brindar ou te cobrar, sempre de acordo  com tua condição psíquico-somática, de forma que, ao se encontrar aqui no planeta reencarnado, toda a teia de situações pré-estabelecidas, constitua o que chamamos de determinismo. Daí é que, livre arbítrio e o determinismo, concorrem para um único objetivo: o acrisolamento da alma.

Portanto, quando algo não der certo por mais empenho desprendeis, não caias na apatia ou em depressão, antes, busqueis analisar e compreender, o que já está escrito nas estrelas.


Beijos!  Mil beijos...



Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira = Rey.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Na Relva!



A relva recebeu impávida tua calça,
Que docemente eu lhe tirara...
E o sol ardeu tuas coxas alvas,
Enquanto o teu colo lindo eu beijava.

Amorosamente te deitei no solo,
Entre as belas flores da minha primavera,
E sobre as heras, o teu amor imploro,
E nesta hora, teu amor tivera.

Minhas mãos amáveis mediam teu corpo,
E a tua também, ao meu media...
Convulsa tua carne anunciava o gozo,
Em plena manhã; em pleno dia.

Meu sexo em riste contemplou o teu,
E os nossos desejos medimos num beijo...
O meu corpo é teu, e, o teu e só meu...
E naquele instante realizei meu desejo.

Carinhos com as mãos...
Amor e desejos...
Loucura, lascívia e paixão...
Selado no mais desejado beijo.





Antonio R. Carneiro Oliveira  = Rey.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Poesia.

Incauta dor.

Crava-me incauta dor,
Porquanto te vejo e não te tenho,
Como ficaria um colibri sem flor,
Quando distante me contenho.

Teço fios de lagrimas nestes olhos só de ver,
Estes olhos que fixam o nada;
Estes lábios que gostaria de beijar e de morder;
Este meu coração batucando em disparada.

Crava-me imensa tristeza, não me imiscuir em tua beleza,
Não te acariciar como sói em sei,
Preso na masmorra da incerteza,
Distante dos sonhos que sonhei.

Crava-me dor inominável,
Não ter este teu carinho que gostaria,
Porquanto a dor de não te ter seja desagradável,
Crava-me qual certo punhal que me mataria.

E por isso teço fios de loucuras,
No alarido da dor do meu silêncio a falar,
Louco, toco o nada da tua tez de brancuras,
Nas maresias deste meu vão amar.

Antonio Rey.


sexta-feira, 20 de março de 2015

Baraúna.





Nem a seca de mais de três anos, te abateu,
Tu estavas atrelada a Terra mãe,
Sem se desesperar porque sabia que as chuvas viriam,
Como vieram.

E bastou pequena chuva,
Para tu te mostrares assim,
Exuberante nesta tua veste verde,
Irresistivelmente bela.

Ah, Baraúna, se eu fosse um pássaro,
Escolheria o mais alto dos teus galhos
E de lá, cantaria o meu mais glorioso canto,
Em louvor a vida.

Mas, porque pássaro não sou,
Observo-te enquanto me elevo aos Céus.
Agradecendo a Deus esta natureza que não se explica...
Que nos mantém vivos.

Saúdo-te ó Baraúna,
Tecendo neste instante em fios de lágrimas, meu poetar,
Donde emoções fluem e a ti se abraçam,
E em ti se oxigenam.



Antonio Rey.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Amor e Sedução.





Amor e Sedução!




Se outrora em outros bosques te achei,
Achei-te ora, nestes bosques mais mulher,
Mulher e menina num só corpo que sonhei,
Em harmonia neste ímpar ser, que me quer.

E se me queres, quero-te da mesma forma,
Intensamente no ardor desta paixão,
Que se acende no nascer desta aurora,
Fazendo o dia de amor e sedução.

E ao adentrar a noite, ainda não expirou,
O insaciável desejo de dois corpos em união,
Na divinal lascívia que me inspirou,
Dou-te minh`alma... Corpo e coração!

E o galopar vara a madrugada efusivo,
Qual pira ardente em alta combustão,
Em mil orgasmos, iguais ao magma explosivo,
Tão perfumado qual a rosa em botão.




Antonio Rey.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Incompletude!



Saudades da tua palavra inaudível,
Dos teus trejeitos de então,
Da tua cultura inacessível,
De ti!

Saudades deste teu jeito de nem ai,
Deste teu sorriso provocante,
De momentos; de instantes...
Saudades!

Saudades de este meu não saber,
Se ainda sou eu sem você,
E se me queres saber...
Viver!

Saudades da boa leitura no ócio,
Dos conselhos platônicos,
De quando estive no mundo de Sofia,
Vivia!

Saudades da exaustiva busca do saber,
Das belas escritas no escrever,
De saber que alguém lê,
Completude!

Saudades...
Simplesmente saudades.



Antonio Rey.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Poesia.

Prismas de poesia.

Inalcançável querer,
Imiscuído em alguidares de pensamentos,
Sem retorno; sem carinho e sem alento,
Na unilateralidade de o saber.

Fios de sentimentos a adornar,
A criatividade poética,
Neste ritmar em nova métrica,
Na covardia de amar.

E os adornos fluem belos e com sabores,
Forjados na mente que não se submete,
No prisma desta luz que reflete,
As cores vivas dos diáfanos amores.

E por não secar a fecunda fonte,
Forja o poeta o poetar em novos tons,
Ouvindo em seu mundo novos sons,
Observando aquele dançar ante os montes.

E a gratuidade de inspiração não se detém,
Jorra qual cachoeira em certo rio,
Leve, livre e solto forjado por seu brio,
Nos prólogos do amém.


Antonio Rey.