terça-feira, 31 de maio de 2011

O Brasil de Agora.

Estava agora a pouco assistindo alguns vídeos postados no youtube e fiquei pasmo com tanta idiotice. Será que para aparecer, será que para se tornar conhecido e famoso vale tanta bobagem?  Outro fato me incomoda sobremaneira: é o que passa pela degradação do gosto humano. Explico: O gosto pela cultura seja ela construída por boas leituras, boas músicas, bons filmes, vem se degradando a cada dia. Hoje quem gosta do que é bom é tido como idiota ultrapassado. Para se estar na “crista da onda” é necessário se nivelar por baixo e consumir o inconsumível. Tanto isso é verdade que a indústria musical vem dando prioridade as estúpidas músicas de duplo sentido, com arranjos que não são senão urrarias e coisas deste tipo em detrimento da música sublime; da música ouvível.  E a literatura? Hoje, para se justificar a insipiência de saber e a incapacidade interpretativa costuma se criticar quem escreve com galhardia, chamando-o de arrogante, de idiota e quando não de pseudo-sábio. É proibido nos dias atuais mostrar que se tem cultura. O chulo, o pernóstico e as frases simplórias estão em alta nos dias atuais. Pergunto: O que seria de um Joaquim Nabuco, um Rui Barbosa, de um Machado de Assis, de um José de Alencar, de um Olavo Bilac e um Freire entre tantos gênios do pensamento nos dias de agora? Teriam de se esconder para não serem apedrejados?    
Rui Barbosa disse que haveria um tempo em que o homem de bem se envergonharia de existir. Pois é o que está acontecendo neste instante aqui no Brasil. Pasmem! Hoje se tem vergonha de ser honesto, pois, a moda é roubar... Rouba-se o erário publico, (o político); o cliente, quando em nome da ganância se eleva em demasia suas margens de lucros, (indústria, comércio, principalmente planos de saúde e institutos de ensino).  E o que se deve falar dos bancos?  É uma grande brincadeira a ganância de estas instituições... Seus lucros cada vez mais abusivos retiram da grande massa que nada teem, para enriquecimento de uma minoria que tudo pode e tudo tem. Qual a compensação social que os bancos dão a sociedade? É justo este seguimento viver só para dilapidar ao humilde que por nada ter, recorre a este CRIMINOSO SOCIAL? Se você financia um imóvel, um carro ou um bem qualquer, você, se conseguir quitar o financiamento, acaba ficando com um bem e pagando três. Eles alegam que os juros são abusivos porque a inadimplência é alta. Pois, eu digo que: A inadimplência é alta porque os juros são abusivos. Se houvessem juros menores, a inadimplência seria mínima ou quase nenhuma. E quem não entra na “orgia financeira” é tolo, débil, incapaz, posto que não é empreendedor; não é capaz. Onde ficam a moral e a ética, a bondade, o desprendimento? Não tem mais lugar neste mundo? É isso? E os políticos? Ladrões de colarinhos brancos... Câncer que degenera o tecido social. Só existem para se locupletarem... 
Para não prosseguir mais na minha indignação quanto aos desmandos e a degeneração do tecido social tomo a liberdade de citar Castro Alves:
“-Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus? – “

Antonio Rey Carneiro Oliveira

terça-feira, 17 de maio de 2011

Repensando-me!



Se eu não tivesse tido tanto medo,
Se eu não tivesse cedido a tantas exigências,
Se eu não tivesse dado ouvidos à censura social,
Teria você neste instante.

Entretanto,
Minha covardia foi meu norte,
Marcou minha vida,
Lágrimas, frustrações e a minha morte...

E hoje, te busco sem te ver,
Posto que meus olhos embaçam de tanto lacrimejar,
 Ante qualquer menção a ti, que busco por aqui,
E o que me resta é: pensar, sonhar, chorar...

Sei que nem mais pensas em mim,
Mas se o destino te trouxer aqui,
Leia o que minhas lágrimas escrevem:
Amo-te;  amo-te e pra sempre vou te amar.

Por Antonio Rey.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Quanto,


Quanto queria ter você
Por sobre o meu corpo a te entregue,
No  sublime instante que o vulgo não ver
Implorando-te trégua, sabe para que?
Para o instante não perecer.

E conquanto rotineiro se fizesse,
Posto que meu desejo vem do amor,
Fá-lo-ia a minha mais divina prece,
Ou quem sabe, uma sublime flor,
Que em meu jardim jamais desvanece.

Inebriado neste amor,
Não me importaria por ele fenecer
Posto que qual certo colibri em certa flor,
Já teria teu néctar a me favorecer,
Amor, meu doce amor.

Assim, deixo nesta poesia
O amor que sói eu sei amar,
És meu estro, ó doce cotovia,
Sinto este desejo como o vulgo ver ao mar,
Repleto de amor, inebriado de alegria.

Antonio Rey