quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Fascínio!

Diante deste silêncio,
Olho este teu olhar de expressões,
Neste rosto de risos incertos,
Nesta minha prece sem ritos.

A saudade devora-me,
Como as raízes devoram os humos,
E assim como aqueles insistem em existir,
Ainda existo.

E nos tortuosos vagares de saudades,
Vaga em mim, tamanha imensidade,
Nesta nebulosa de sentimentos,
Que me suga ao seu centro.

E a ode como último alento,
Embarga a rouca voz do momento,
Chorado em lágrimas benditas,
Do bendito sentimento.

Antonio Rey.


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Transmutação.




E a seiva do desejo,
Por entre veias e artérias do tempo,
Esvai-se...
Outrossim, a seiva do amor,
Irrompe viril,
Trazendo atrelada a si muita sabedoria;
Muita paciência;
Muita cumplicidade;
Muita dedicação,
De forma que o amor dantes travestido de desejo,
Ora orlado de luz,
A tudo brinda na plenitude que deve ser infinito...



Antonio Rey.