quarta-feira, 22 de abril de 2020

Amor Irmão...




E quando dos estertórios e horrores
Tu surgias...
Por grilhões, atada a eles tu estavas,
Incólume, eu te observava.

Se da inércia de mim mesmo
Apenas te olhava,
Querubim do Senhor me conclamava a luta
Constituindo-me, instrumento de ajuda.

Assim, imberbe como sou,
A guerra de palavras começou,
E felizmente, num momento de ciúme,
Em mim, a voz do anjo, fez-se alaúde.

Viestes à tona...
És uma nova luz!
Feliz...
Conscienciosa!

E se do que, aparentemente era amor,
A mais bela amizade se formou,
Cumpriu-se então o desejo divino,
E somos não mais adultos: hoje, quais meninos...

Inocência...
Amizade...
Lealdade...
Dignidade!

E ora, uma nova era se instaura,
Onde dois amores; dois amigos; dois irmãos,
Alquimicamente se faz uma só alma,
A felicidade flui plena... Calma.



Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira = Rey