Ninguém pode mandar no coração.
Sentir uma atração ou desejar alguém está muito além da
questão moral, do estado civil e etc. É algo muitas vezes indesejável,
questionável, reprovável, entretanto, muito mais tem acontecido do que se possa
imaginar. A questão, é que isso acontece no íntimo de cada um e muitos se
calam, chegando às vezes a querer negar certos sentimentos até para si mesmo.
Poucos, muito poucos mesmo são os que têm a coragem de manifestar. Por quê? Por
medo de ter sua moral no seio social, questionada. Porém, esse sentimento é um
sentimento humano e por isso mesmo possível de acontecer com qualquer um. Assim,
manifestando ou não aquele sentimento, muitas vezes um desejo imenso, maior que
tuas forças, ele está aí, te mostrando na tua tela mental certo rosto, certas
atitudes, certas palavras. E quanto mais tu desejas não pensar, não sentir, não
lembrar, mais esta força se agiganta em ti, te fazendo refém de sentimentos que
tu julgas indesejáveis, porque tua “moral” te acusa.
Ora! Vivemos tantas e tantas vidas nesta maravilhosa
odisséia reencarnatória que nos conduz à perfeição espiritual, que, muitas e
muitas pessoas já se encontraram algures em situações mui especiais. É
inevitável em uma hora o reconhecimento de almas que lhes toquem; almas que
vibrem em um mesmo diapasão divino. Ademais, pólos diferentes se atraem. Ainda
podemos explicar esta atração, porque o ser humano é atraído pelo belo. E em
esta questão de “belo” se enquadra a questão de um rosto plasticamente bonito,
de um corpo escultural que temos mentalmente como perfeito, ou, ainda a questão
da palavra dita com certa carga de emoção que vai e se aloja na alma, fazendo
tanto bem que nem se pode imaginar. Quem não gosta de ser elogiado? Quem não
gosta de ouvir palavras doces porque carregadas de um magnetismo especial? Pois!
Doar uma poesia, uma escrita agradável, uma rosa ou uma palavra amável, é doar
o que é belo e porque somos atraídos pelo belo, somos tocados.
Disso tudo um gostinho indelével fica ali incólume no teu
coração, te fazendo pensar, pensar, pensar... Daí, imaginares e mais imaginares!
Somos humanos! Somos imperfeitos. Afinal, é por sermos
imperfeitos que continuamos reencarnando. No dia que chegarmos a perfeição, não
precisaremos mais reencarnar, a não ser, em missões especialíssimas.
Pois, que em 2013 possamos nos compreender melhor e mais,
assim, aprenderemos a compreender aos outros.
Beijos! Mil beijos...
Antonio Rey!