quarta-feira, 28 de março de 2018

Alforria!







Dou-te alforria, sentimento.
Porquanto tu és fruto de mal entendido,
Não te detenha preso.
Voa se queres, ou, então dissipa.


O cravo que ao madeiro te atrelava,
Rompeu-se... Oh!., suavidade!
Assim, nem sol a te queimar,
Nem lua a te inspirar,
Livre tu és, agora.

Xô, vai!  Voa pra bem longe.


Antonio Rey.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Pescador de Almas!





Fisgaste-me ó Cristo!
Quando imerso no charco que sou eu mesmo
Vi teu sorriso dissipando-me as trevas
Vi tua luz a cegar-me de tanto amor; de tanto bem.

Fisgaste-me ó Cristo!
Quando me jogaste o teu Evangelho
Como bendito anzol,
Saturado de amor; saturado de luz.

Fisgaste-me ó Cristo!
Quando falastes aos meus ouvidos
-  Eu sou o caminho a verdade e a vida
Fazendo nesta hora vibrar minh’alma em novo diapasão.

Fisgaste-me ó Cristo!
Quando amorosamente perdôo-me o passado
E passando Tuas luminosas mãos em minha cabeça
Disse-me: ‘’Vai e não tornes a pecar’’.

Fisgaste-me ó Cristo!
Quando no gólgota da ignomínia que não merecias
Elevastes teu olhar ao Pai e por mim rogastes:
-  Pai! Perdoai-o que ele não sabe o que faz...

Nesta hora, vi-te pleno no Pai
E pude entender estas palavras:
-  Eu e o Pai somos um!
E por isso estou pleno em Ti.

Assim, ora me feito peixe de Tua pescaria,
Rogo-te ó Gloriosa Luz:
Permita-me que também eu, possa participar do teu maior milagre,
E multiplicar o Pão Celestial...


  
By: Antonio Rey.








sexta-feira, 16 de março de 2018

Cruz e Fogo!





Escondido nas heras de sonhos,
Onde teço com fios de sentimentos o viver,
Revejo contemplativo os meus,
Decapitados pelas hordas de pudores.

Flores de perfumes e encantos,
Adrede em risos tais,
Definham no olhar sem coragem,
Pelas hordas de pudores.

E o que será a vida sem as flores,
Senão um viver insípido e inodoro?
Senão um lampejo de nada,
Embebido em tragos de por quês?

Entretanto, este Quixote ainda se esquiva dos seus medos,
Tentando escapar dos grilhões das hordas,
Transpirando perfumes para perfumar as vidas,
Mesmo atado a este ignominioso madeiro.

Tal é o viver.

Antonio Rey.



quarta-feira, 14 de março de 2018

De mãos e braços cortados.






Gasolina com índices abusivos de álcool, quando não com teor imenso de nafta, o que compromete o motor do seu veículo, sem falar que o álcool tem o valor bem mais barato que a gasolina, mas que, quando misturado à gasolina, acaba sendo comprado por nós, brasileiros otários, pelo mesmo preço da gasolina, energia elétrica sendo majorada sempre que as distribuidoras acham que devem, e que, para tanto criam mil artimanhas, água cara, porque na maioria das vezes pagamos pelo ar que gira o hidrômetro, internet que se paga e não se tem, e planos de saúdes que são verdadeiras instituições mafiosas. E o consumidor indefeso.
Qual é mesmo a função das agências reguladoras? Proteger a nós consumidores ou trabalhar para grupos desonestos que só pensam no ganho fácil?
Até quando nossos governos compactuarão com isso?
Deveremos nos submeter a tudo como uns pobres coitados?
“Que país é esse?”

Antonio Rei.


sexta-feira, 9 de março de 2018

Vinde!







Abre o sol da possibilidade,
Em olhares de outros tons,
No segredo do santo pudor,
No perfume de certa flor.

E se a felicidade habita o simples,
O belo também o habita,
Guardado em seus segredos,
No Sacrário do pudor.

Entretanto hás de amar,
Sem quebrar seu juramento,
Porque de amor é o viver,
E é assim que há de ser.

Vinde ó sol me aquecer,
Vinde com teu sorriso matinal,
Vinde dar sabor a este amar,
Vinde a este amar igual ao mar.

Antonio Rei