segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Interstícios!





Do tempo assim calado,
Trocando juros mudas,
Em conjecturas...
E ilações de amares.

Coração em descompasso,
Coragem forjada no medo,
Quais palavras em degredos,
Neste mudo grito do amar.

E o silêncio é tudo,
Neste lânguido amar,
Neste mar de receios,
Nesta troca de olhares.


Antonio Rey.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Ilusões de Sentidos



Vejo-te ora envolta no lençol azul,
Tecido em gotículas de luz,
A banhar o teu corpo um tanto escondido,
Por traz de pétalas de risos.

 Logo após, vejo-te ali sentada,
Como se a olhar para mim,
Envolta em mistérios,
Que trazes na alma.

Vejo-te também na distância do respeito,
Nos pensares que a mim me permito,
Sem a mácula que a maldade impinge,
Na bela postura de doce esfinge.

Vejo-te na impossibilidade da vida,
Que o momento outorga,
Em arroubos e desejos nestes tons poéticos,
Que o incauto amor à poesia confere.

Antonio Rey.