terça-feira, 27 de novembro de 2012

Desejos Pudicos.


Habita-me o amor,
Como a baleia habita o mar...
E se o perfume habita certa flor,
Tu, ó minha flor, sempre terás o meu amar.

E dimensionando o imensurável,
Tento te dizer do meu sentimento,
Amor que por mais eu ame, será insaciável,
Compelindo-me à volúpia: doce arrebatamento.

E se pós orgasmo te contemplo,
Com lágrimas nos olhos a regar,
Admiro o teu corpo... O teu templo.
Morada do divino... Objeto do meu amar.

Do contemplar, nasce a lascívia voraz,
Plena de desejos de te beijar,
Sou louco por ti; apaixonado contumaz,
Afogo-me em teu corpo, mar do meu amar.

E assim, amor e prazer condimentam nossas vidas,
Fazendo os nossos momentos assim tão lúdicos.
Adoro-te... Desejo-te e te amo minha querida...
Amor tão divinal de desejos pudicos.



Antonio Rey.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tua Cruz!


Dá-me o peso da tua cruz,
Esta cruz impregnada de tristeza...
Dá-me para que eu possa contigo,
Dividir seu peso.

Dá-me o peso da tua cruz,
E em troca, dar-te-ei felicidades,
Dar-te-ei motivos para sorrir;
Para viver!

Saiba que esta tua tristeza me incomoda,
Nasci para propiciar felicidades,
Por isso é que sou como sou,
Posto que trago em uma mão um chocolate e na outra, uma flor.

E se para te ver feliz terei que saborear as migalhas que da tua mesa caem,
Saboreá-las-ei sem nenhum constrangimento...
Pensas que me importo comigo? Jamais!
Minha razão é você...

Dá-me o peso da tua cruz!

Antonio Rey.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Teu Discurso!


Absorto, bebia tuas palavras,
Tão impregnadas de alma... Luz!
Onde cada letra desfilava, impulsionada por tal calma,
Que, ao invés de cansar, seduz.

Cada um dos que te ouviam,
Introjetavam –nas, na medida que podiam,
E senhora de si,
A todos com tua delicadeza, conduzias.

E quando Cora desfilou,
Muitos viram o estro na candura,
Naquela interlocução que ali rolou,
O preposto se rendeu a tua cultura.

Já para mim, porque te conheço,
Tua verve não me alterou,
Entretanto a tua doçura sim! Reconheço...
No amor que ao paciente demonstrou.

Estais pronta, minha Pelra Bella,
Tua vida, tu a tens em tuas mãos,
Quando me for, levarei na mente a tela,
Meus filhos: Minha mais bela construção!


Antonio Rey.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Aplausos!

Das escórias intelectuais os aplausos,
Mesmo quando não captam certa subjetividade,
Ali...
Li, entretanto, uma personalidade forjada na dor,
Feita de decepção,
No estertor de um claustro sem cor,
Observar atônito...
Aplausos! Aplausos! Aplausos...
E quando gritava pretendendo a catarse,
As cordas vocais sagrando o horror,
Em jorros de sangue.
Intelecto profundo a lhe confundir,
Qual náufrago em este mar a se debater,
Palavras ao vento neste ir e vir,
Quais remos desconexos sem saber pra onde ir.
Neste ínterim,
Voz, não sei de onde,
 Refrescou sua angústia,
Lhe deu força na labuta,
C`est La vie... C´est La vie... C`est la vie.

Antonio Rey.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Melancolia!

Do céu a estrela veio...
Metáfora viva em sorriso,
Carregando a dor, qual rio cheio,
Dissipando as trevas, que, fora preciso.

Era tarde...
Não tão tarde, mas, era quase tarde...
Um raio de luz, no teu sorriso,
Nem tanto sorriso, muito mais, luz.

E quando na tarde te vi,
A tarde melancólica se foi,
A deusa e o pária, ali,
Simbiótica fusão por Eloí.

Síntese criativa dar-se,
Pois do teu sorriso perfume esparge,
Gênese de um amor perfeito...
Luz... Magia... Desejos!

E os desejos já não podem existir,
Rasga-se a carta de alforria do poeta,
Retira-se do jardim as flores do colibri,
E ao colibri, negar-se a oscular, é o que resta.

Confunde-se nesta poesia tosca,
Crepúsculo e ocaso...
Choro e sorriso...
Liberdade e claustro.



Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira. = Rey.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

É Você!

O amor que amo, não é uma qualquer,
Vem das alturas dos céus...
Descida da imensidão, de anjo, se fez mulher,
Sua dignidade, repousa em véus...
Só o meu amor, é o que ela quer.

O meu amor é pudica... Linda!
Ainda que a libido acenda, pensa... Reflete!
Não é lasciva; não está na berlinda...
A pureza da sua alma, sua vida confere.
Amo-lhe agora, mais que tudo na vida.

O meu amor não se esconde: é!
Uma mulher feita de um anjo...
Sim! Sente desejos de mulher,
Mas o seu corpo, só dá a um arcanjo,
O meu amor não é uma mulher qualquer.

O meu amor é uma deusa!
A sua aura é límpida e bela;
Em sua paixão ela me beija,
E no beijar, tudo acelera,
Mas, a minha amada, só a mim almeja.



Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira = Rey.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cervantes do Amor.


O medo que faz emudecer,
Não faz calar o sentimento,
Fruto da alma gêmea a lhe reconhecer,
Depois do tempo, ante certo intento.

E assim, vive o ser,
Qual o cavalheiro de Cervantes,
Lutando com suas sombras: seu prazer,
Em esta palingenesia errante.

Então, busca sua visão,
E lhe ver a sorrir
Mesmo que seja só uma impressão,
De algo que esteja por vir.

Seguirá sim o cavalheiro errante,
Norteado pelo seu coração,
Em este sentimento infante,
Amando sempre e a estender a mão.


Antonio Rey.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Deusa!



Uma deusa se apossou de mim,
Içou-me da masmorra da dor,
Fez-me tão mais que feliz assim...
Deu-me a tônica do amar que sou,
Amar que cheira a amor... O jasmim!

E o meu amor se faz intenso,
Quando propenso a só te amar... Vivo.
E tão mais intenso fica quando penso,
Que nesta distância o meu pensar é ostensivo...
E quanto mais penso, ele se faz imenso.

E a dimensão de nosso amor,
Se bem que não mensurável, me encanta,
E faz o meu viver com mais sabor,
Quando tudo a minha volta: canta!
Amor! Tu me subtraíste a dor.

E ora quando nesta poética o canto,
A sensibilidade oriunda dele, em mim aflora,
E minha emoção se transforma em pranto,
Nesta sublimação que sou agora...
Amor! Que o meu amar seja o teu manto.



Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira  = Rey.