É incrível, mas, penetramos um momento de horrores
comportamentais, tanto é, que, se você tenta conduzir um cidadão à prática do
que seja digno, você correrá sérios riscos de ter sua moral maculada. Tempos de
inversão de valores; tempos de amoralidade; tempos anárquicos.
Onde a família neste exato momento?
A família se esconde e foge de sua obrigação de educadora e
formadora de bons cidadãos, muitas vezes, ou melhor, sempre transferindo este
papel aos professores e às escolas. Mas, pergunto eu, o que poderão fazer
professores e escolas se os seus educandos lhes chegam com sérios defeitos de
personalidades, com caráteres vis, nas mais das vezes com carga de
marginalidade considerável? Se estes alunos não respeitam seus pais que lhes
deram a vida, lhes deram alimentação e conforto na medida da condição de cada
família, como queremos que respeitem aos professores e às escolas?
Nos tempos dos meus avós e dos meus pais, tanto os pais
quanto os professores poderiam agir com certo rigor no afã de domar certas
índoles, e até como forma de forçar aqueles que não gostavam de estudar a
fazê-lo. É questionável este método hoje arcaico? É. Entretanto, enquanto ele funcionou os nossos jovens tinham como prática
corriqueira a boa educação e o bom respeito.
Com o aprimoramento das leis estas práticas foram proibidas
e penalizadas se praticadas tanto pelos próprios pais como e principalmente
pelos educadores.
No caso da perda deste poder por parte dos professores
entendo perfeitamente aceitável, mas, por parte dos pais, não sei não...
Temos ouvido vários casos de crianças praticarem faltas
gravíssimas e se os seus pais chegam juntos para lhes dar um corretivo, estas
gritam: - Bata em mim, venha, que eu vou direto ao conselho tutelar e ao
ministério público lhe denunciar. Quer ver? Experimente me bater...
Dizem os psicólogos de plantão, os sábios da nova ordem que
se educa com amor e por amor, não com espancamento. CONCORDO! Mas, existem
vários tipos de espíritos; várias naturezas. Assim como existem crianças doces,
meigas e aptas a ouvirem e aceitar bons conselhos, existem aquelas outras que
são refratárias aos conselhos; às boas conversas e aos bons diálogos. Estes são
espíritos endurecidos, empedernidos no mal. São revoltados desde o nascimento
porque trazem esta revolta na alma, como fruto de dores e sofrimentos de vidas
pretéritas. Estes, jamais se permitirão conselhos, afagos e exemplos.
Estas crianças um dia serão homens e serão daqueles que dá
uma contra mão no trânsito, fecham uma rua com seu veículo, faz uma
ultrapassagem pela direita, sem abrir uma seta para indicar um sentido, e,
quando você vai lhe orientar, manda ir para a porra, (desculpem a expressão),
quando não faz gestos obscenos não se importando se você tem no seu veículo,
senhoras, crianças e idosos. São daqueles que chegam à frente da sua residência
e urinam virado para você e os seus familiares como quem que queremos ver o seu
sexo. São daqueles que cortam as filhas e sorriem para os que ficaram atrás, se
achando o máximo e achando os outros idiotas. São desrespeitosos. São marginais
mesmo.
O papel da família é fundamental. É neste núcleo social que
tudo acontece, para o bem ou para o mal. A
família não pode nem deve negligenciar o seu papel.
Não deixemos os bons costumes morrerem.
Beijos! Mil beijos...
Antonio Rey.