quinta-feira, 16 de junho de 2011

Soneto Reverso!


No insidioso poema do viver,
Tu és o verso das minhas poesias,
Eu, o reverso do que quererias ter,
Nossos desencontros, no mar, seriam, maresias.

E o nosso cantar é um destoado cântico,
Quando penso que te tenho, não mais,
Quando percebo o que fiz, é mais que trágico,
Quando penso refazer, já não mais estais...

E assim nosso poema é vão,
E quando penso que teria tua resposta que espero,
Observo-te pior que eu: loucuras...

Posto que, somos o que eu não quero,
Cindimos nosso amor de tantas juras,
Enquanto outros sonetos de amor se dão.




ARCO
Antonio R. Carneiro Oliveira = Rey.

2 comentários:

  1. Cada palavras deste poema tocou-me muito profundamente. Palavras com sentimentos puros e verdadeiros.
    Parte que mas chamou a minha atenção :
    "Quando penso que te tenho, não mais,
    Quando percebo o que fiz, é mais que trágico,
    Quando penso refazer, já não mais estais."

    Isso acontece constantemente ...
    Beijos...

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  2. Carissimo Rey, muito prazer em revivê-lo. Longo tempo lá vai e aqui continuamos. A poesia continua a comandar e a dedilhar nos seus dedos. Quem é poeta, da poesia não consegue fugir!

    Um abraço e até logo

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