terça-feira, 21 de agosto de 2012

Calo-me!


Calo-me na introspecção,
Ensejando muitos pensares,
Consciente de mim; do meu coração,
Qual o navegante com os mares.


Calo-me adstrito nas bobagens
Que pensam que penso...
Calo-me como certos viajores em suas viagens
No alarido do meu silêncio.

Calo-me porque me apraz
Construindo-me uma fortaleza,
Inebriando-me nesta paz,
Na minha consciência; na minha certeza.

Calo-me para não me tornar mais um,
Vil, frívolo e idiota...
Apesar de saber-me, comum...
Assim, no meu viver, ninguém me nota.

Calo-me enquanto desfruto deste amor
Amando na dimensão do meu amar
Admirando o perfume desta flor,
Entregando-me nas vagas deste mar.



Antonio Rey.

Um comentário:

  1. Lindi Ribeiro Carneiro22 de agosto de 2012 às 08:34

    Parabéns rei por mais esta maravilha de poesia.
    Identifiquei-me em muitos dos seus versos...

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