quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Soneto Glacial!






Ardia em meu peito o amor,
Na intensidade da explosão atômica;
Na doçura com que o colibri beija a flor...
No furor da alma indômita.

E porque ardia, dei-me de coração,
Entre o bailado da lascívia
E a loucura da paixão...
Qual ao alçapão, se dá a cotovia.

Entretanto, calei em mim tal ardor...
Eu que no amor me fiz de mar,
Emudeci, parei de amar e de sorrir...

Vagas de ciúmes me fizeram calar,
Tornar-me glacial... Preferi.
Sequei, qual seca o botão da flor.



Antonio Rey

Um comentário:

  1. Identifico-me tanto com os seus escritos...
    Por muitas vezes sufoquei um amor, que inventado por mim, fazia-me imensamente feliz quando a tristeza arrebatava-me o ser.
    E quando aquela sensação teimava em apanhar-me novamente , eu o fazia renascer para novamente acalentar-me a alma.

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