E em fios de devaneios,
Medos e desejos estraçalham o Cavaleiro Andante,
Orlado por dragões de receios,
Dificultando-lhe a senda de amante.
E quem poderá querer tal lutador,
Se seu querer se submete ao medo,
Combalido em desamor,
Nesta vida de degredo?
Mas se o Cervantes fosse,
Traçaria novo rumo ao amor,
E deste tomaria posse,
Qual colibri a se entregar à flor.
Donde espumas embelezam as pedras,
A sereia larga-se em cantar,
Sob a visão tristonha e lerda,
Do Cavalheiro do Amar.
Antonio Rey.
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