terça-feira, 1 de setembro de 2015

Fascínio!



Diante deste silêncio,
Olho este teu olhar de expressões,
Neste rosto de risos incertos,
Nesta minha prece sem ritos.

A saudade devora-me,
Como as raízes devoram os humos,
E assim como aqueles insistem em existir,
Ainda existo.

E nos tortuosos vagares de saudades,
Vaga em mim, tamanha imensidade,
Nesta nebulosa de sentimentos,
Que me suga ao seu centro.

E a ode como último alento,
Embarga a rouca voz do momento,
Chorado em lágrimas benditas,
Do bendito sentimento.

Antonio Rey.


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