quinta-feira, 26 de abril de 2018

Venho!



  

Venho... Decerto que precavido,
Neste mar bravio dantes conhecido,
Vencer o monstro da asneira...
Que expele golfadas certeiras,
Que jamais atingiram certo alvo,
Posto que convicto: posto que sábio.

Venho... Navegante, não como dantes,
Navegando donde não sei,
No imensurável mar de amor,
Com firmeza segurando os remos,
Impelindo meu barco ao destino,
Confiante, amante, menino.

Venho, na minha senda de amante,
Amando-te hoje mais que ontem,
Fazendo-te a amada dos sonhos dos amantes,
Felicitando-te nos meus braços aconchegantes,
Fazendo-te caliente qual larva escaldante,
Ao te dizer sussurrado, palavras indecentes.

Venho... Mais amoroso que outrora,
Consagrando nosso amor como faço agora...
Venho... Como sempre estive a vir...
Incólume, impávido, amável a sorrir.
Fazer-te o meu bem mais precioso,
Neste meu amar ora lascivo; ora amoroso.


Antonio Rey.

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