segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Cria e estro.







Em instantes de quase desespero,
Busco-te em visões de pensamentos,
Como bálsamo a lenificar meus sofrimentos,
E é donde vem a paz.

Teu olhar me esclarece no momento,
Dizendo-me das impressões de mil amares,
Como as uniões de tantas gotas formam os mares,
E aí, jaz!

E o abstrato forja o que se faz real,
Como do lodo a criação forja o lírio,
Tal como a fé chora aos prantos no Círio,
Na fé que não é demais.

E a indecisão ante o instante,
Erigido pelas luzes dos olhares,
Embevecido admirando estes pomares,
Que o tempo faz.

Antonio Rey.

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