segunda-feira, 26 de abril de 2021

Diz-me!

 

Diz-me!  Por favor...

Quanto de amor tens para mim?

Em que lugar do teu coração estou,

Será no início... No meio ou no fim?

 

Diz-me! Por favor, neste instante,

Será que deves mesmo me amar?

Será que por aí não tens outro; semelhante,

Que petulante como eu, queira ser o mar?

 

Diz-me! Ó minha flor de formosura,

Que tenho mesmo eu para te cativar,

Senão apenas brandura,

Senão essa loucura, ao te amar?

 

Diz-me! Antes que eu me vá,

E me enclausure na realidade,

Antes que o sol nasça nas terras de lá,

Antes que este ciúme insano nos acabe.

 

Diz-me!

Mas se não for o que quero ouvir, te cala...

Teu amor, podes dar-me?

Diz-me! Anda... Fala!

 

 

 

Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira = Rey.

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