terça-feira, 5 de junho de 2012

Segunda Catarse!





Será que minha tristeza precisa da tua,
Para no menos com menos acabar no mais da alegria?
Será que os meus lábios ressecados de carinhos,
Precisam dos teus castigados pelos ventos da ilusão,
Para que na soma perfeita me acorde deste torpor?
Será que o meu coração já dando sinais de querer parar,
Busca no silêncio do teu a batida perfeita?

Ora trago atrelado ao meu ser,
O sibilar de ventos de dores,
Vazio qual jardim sem flores,
Em este jogo de vida; em este jogo de ter.

E as vagas do imenso amor que dantes me conduzia,
Transformaram-se em tsunamis de dores,
Opróbrios devoradores; grandes horrores,
Faz fúnebre o canto da cotovia.

Vinde, pois, ó Alencar,
Emprestar-me teu canto de amor,
Fazei o meu jardim dar flor,
Vem, vem me buscar... 

Antonio Rey.

Nenhum comentário:

Postar um comentário