Mãos que se acoplavam naquele rito,
Donde emoções nasciam,
Sabores divinais nos céus prescritos,
De inopino, emergiam.
Sensação adolescente assim voraz,
Tecendo o ímpar instante de prazer,
Fazendo do percurso algo fugaz,
Taquicardia apimentando o querer.
E a derme de alabastro ali tão próxima,
Arrematada pelo riso divinal,
No lábio rubro que de mim se aproximava,
Mesclava o anjo naquele ser tão carnal.
E donde jorra os jorros de amor,
Jorravam luzes de matizes variados,
Ante meu olhar, na mulher vi uma flor,
E tive assim desejos tão instigados.
Linda visão que ainda na memória,
Fez o poeta construir o seu deleite,
Contrastado na sua lida tão inglória,
Sem se unirem tal a água e o azeite.
Antonio Rey.
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