sexta-feira, 5 de julho de 2013

Decadência...



Curvo-me,
Subjugado pelo jogo do sem sentido esnobe,
Subjetivo...
Pretensioso...
Pseudo intelectual.

Curvo-me às dondocas incultas,
Aplaudindo o não entendível,
Por quê?
Porque não compreenderam.
Curvo-me, pois, a isso.

Curvo-me!
A esta estúpida poética incolor,
Que poderia estar prenhe do Sr. Camões...
Envergonhado estou,
Sinto-me sujo; fétido...

Curvo-me!
A desdita de uma encarnação patética,
Presa ao inominável madeiro do descaso,
Impregnado deste asco de morte...
Nesta soletude tão necessária.

Curvo-me!
E assim com a cabeça em travesseiro de papoulas,
Embriago-me com este ópio de horrores,
Curvado como me tem curvado a vida.
Decadente...

Antonio Rey.

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