Vejo-te
arrogância sobre as asas do poder
Humilhando
aos humilhados sobre o erário que não é teu
Sangrando
os cofres públicos com ganância insaciável.
Engordando
suas contas bancárias
Deixando
o pobre mais miserável.
Vejo-te
arrogância sobre as asas do poder
Tripudiando
o eleitor que te içou às alturas,
Simples
em sua pobreza brigou com o melhor amigo,
Perdeu
o arrimo dos pais, ficou sozinho consigo,
Julgando
ser seu amigo o seu pior inimigo.
Vejo-te
arrogância sobre as asas do poder
Negando
o calor amigo a quem sempre esteve contigo
Deixando-o
acabrunhado, qual a dor de Prometeu,
Pois
antes de sufragá-lo, sonhava contar contigo,
Mas,
quando te elegeu viu no teu olhar, o erro que cometeu.
Vejo-te
arrogância sobre as asas do poder
Praticando
o nepotismo
Juntando
em seu semicírculo, incompetentes ridículos,
Desprezando
os instruídos, sem motivo, sem sentido,
Porque
os instruídos são honestos; - os déspotas seus amigos.
Vejo-te
arrogância sobre as asas do poder
Tu
que ontem era humilde,
Hoje,
sorrindo impávido,
Soltando
teus agouros; teus brados,
Cuspindo
tua empáfia no pobre eleitor humilhado.
Vejo-te
arrogância sobre as asas do poder
Passar,
olhar para mim e o teu rosto torcer...
Boba,
tola, idiota. Tu, que não tens nada de ti,
Eu,
pelo menos sei rimar, por isso posso sorrir.
E
tu? Livre do que roubas de mim o que tens mesmo de ti?
Antonio
Reinaldo Carneiro Oliveira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário