quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Poeta Universal!

Oh! Deus! Poeta Universal...
Retiraram o dom que Tu me destes,
Fazendo-me submisso... Escravo sem igual,
Ao calar este dom com que nasci,
Estando ora, sem norte ou sem leste.

De que vale um pássaro sem seu cantar,
A cigarra sem o seu natural zunir,
E o mar sem o seu marejar?
O poeta sem seu poetar,
E uma boca linda sem saber sorrir?

De que vale a voz suave, mas, desafinada,
O colibri sem nenhuma flor,
O viajor sem saber a estrada?
Não será esta vida um nada,
Não será esta vida, vida de dor?

Oh! Deus, Poeta Universal,
Vinde e trazei a espada,
Permita-me condimentar a vida com o sabor do sal,
Mas que eu meu poetar não cometa nenhum mal,
Seja o meu norte! Mostra-me a estrada.

Antonio Rey.

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