sábado, 20 de setembro de 2014

Amor!


Amor! Eu sem ti nada sou...
Quando muito uma dor
Que me doe neste peito
Duas lágrimas talvez
No lençol, no meu leito.

Amor! Eu sem ti nada sou...
Sou o inferno de Dante
Ardente, inflamante,
Lacerando-me em meu peito
Pois estais tão distante.

Amor!  Eu sem ti nada sou...
Perco minha razão; amoral sem perdão.
Encontro-me nas trevas, nesta dor que dá dó.
Pois tu és minha luz: minha vida, meu sol.

Amor!  Eu sem ti nada sou...
Qual edifício à ruir
Cheio de mofo, sem vida, sem ar.
Pois tu és minha luz: o meu grande pilar.

Amor!  Eu sem ti nada sou...
Minha alma querida,
Meu bálsamo sagrado, curas-me as feridas.
Pois tu és minha luz: o que de mais sagrado me há.

Amor!  Eu sem ti nada sou...
Sou um rei sem trono
Um cantor sem sua voz
Um veleiro sem vento
Pois tu és minha luz: meu viver, meu alento.




Antonio Rey

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