Amor!
Eu sem ti nada sou...
Quando
muito uma dor
Que
me doe neste peito
Duas
lágrimas talvez
No
lençol, no meu leito.
Amor!
Eu sem ti nada sou...
Sou
o inferno de Dante
Ardente,
inflamante,
Lacerando-me
em meu peito
Pois
estais tão distante.
Amor! Eu sem ti nada sou...
Perco
minha razão; amoral sem perdão.
Encontro-me
nas trevas, nesta dor que dá dó.
Pois
tu és minha luz: minha vida, meu sol.
Amor! Eu sem ti nada sou...
Qual
edifício à ruir
Cheio
de mofo, sem vida, sem ar.
Pois
tu és minha luz: o meu grande pilar.
Amor! Eu sem ti nada sou...
Minha
alma querida,
Meu
bálsamo sagrado, curas-me as feridas.
Pois
tu és minha luz: o que de mais sagrado me há.
Amor! Eu sem ti nada sou...
Sou
um rei sem trono
Um
cantor sem sua voz
Um
veleiro sem vento
Pois
tu és minha luz: meu viver, meu alento.
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