sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Amazona!



E esta vida, como amor a mim se apresentou,
Qual Amazona a cavalgar o seu tordilho,
Alquebrando o coração do poeta andarilho,
Enquanto forja o seu poetar,
Respeitoso qual Colibri em certa flor.

Mesmo o Sol com seu sorriso tendo lhe saudado,
O seu poema a vida o censura,
Sua alma prossegue nesta clausura,
Neste seu dom obrigado a calar,
Enquanto o seu saber pelo tempo é forjado.

Enquanto isso, Deus lhe impõe o poetar,
Nesta odisseia que brinca de não dizer,
O que estamos neste orbe a fazer,
Neste cumprir desta Lei que não conheço,
Que me impõe mesmo sofrendo a amar.

Desconhecendo o teor deste viver,
A vida segue qual Amazona a cavalgar,
Neste caminho de feridas a lhe sangrar,
Nos inóspitos terrenos da solidão,
Nestes interstícios do tempo de aprender.
Antonio Rey.

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