quinta-feira, 19 de dezembro de 2019


Atônito Navegante!




Se incansável navego no mar do amor,
Navego porque assim nasci,
Incorrigível navegante sou,
Tão dependente do amor, qual da flor é o colibri.

E nestas vagas, ora faço dor, ora alegria...
Ora sou glacial, ora vulcânico,
O sexo oposto me alegra; me contagia,
Incorrigível amante neste mar... Atônito.

Quisera poder me multiplicar,
E a todo coração solitário me unir,
Faria do mar de solidão, mar de amar...
Do mar de lágrimas, mar de sorrir.

Quisera sim poder livre voar,
E chegar às masmorras das dores,
E do gládio da solidão todo irmão livrar,
E em cada canto, deixar sementes de amores.


Antonio Rey.

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