quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Pavão!




Terás apenas tu valor?
Beleza, cultura e poesia?
Estais sós?
Gostaria de te chafurdar em meio ao povo.
Sabeis que este tem valor?

Vejo-te mesmo sem querer,
Tua arrogância e vaidade são tuas vestimentas.
Belas tuas penas; lúgubres teus intentos,
Lodoso... Vaidoso... Insidioso!
Vejo-te.

Disse-me Cristo agora:
Perdoai-o! Ele não sabe o que faz...
Será que não, Senhor?
Ele é pérfido!
Ainda assim: Perdoai-o.

Deixa-me olhar noutra direção...
Abundante de felicidade,
Plena de possibilidades,
De paz; de subliminar catarse,
Na exata medida.

E de lá, brisa se imiscui em minha paz,
Em cantilenas de dedos cariciosos,
Da cruz desfazendo suas costuras de tempos,
Alegrando-me em alegrias saltitantes,
Rezando os terços da felicidade.

De lá, daquele outro lado,
Vejo arrebóis de amores,
Beijando rostos vermelhos na paixão,
Onde reluz certo verde de querer,
Que nega olhar de lascívia; Insistente!

De lá, é que sinto o cheiro do amor,
Vertido da obediência dos poros,
Destilado das ânsias do momento,
Embalado nas asas do agora.
De lá, tudo de bom; tudo de se amar.


Antonio Rey


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