E o que é isto senão imenso amor,
Donde recluso te observo tanto,
Desejoso de te fazer sorrir;
De enxugar teu pranto?
E o que será esta vontade,
De te tomar em meus braços,
De te tomar em meus braços,
Beijar estes teus lábios de salivas de amor,
Como beija o Colibri a sua flor?
E ao beijá-lo saciaria minha sede de ti,
Abriria o sacrário dos desejos reprimidos,
Tão desnudo nestes trajes de gala,
Que te fazem tão desejável.
Tresloucados sentimentos me confundem...
Se eis santa, por que desta libido sinto o cheiro?
Por que tua santidade me atiça?
Mostrando-me lençóis, corpos, beijos, amor?
De hábito: santa,
Despindo-o: mulher,
Sem roupa: desejos!
Nos meus braços: pira acesa.
Antonio Rey.
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