sábado, 31 de agosto de 2013

Dissecando poeta.

Poeta sonha em emaranhados de amores
Daqueles trançados por contas e rosários de desejos,
De beijos adocicados em favos de luar...
Nem tão sério nem tão lúdico...

Poeta, se lhe permitirem, viverá sempre amores,
Daqueles enrolados em véus de santidade,
Plenos de desejos, isentos de maldades.
Poeta é assim: sonhador de amores!

E se lhe cercearem o sonhar,
Terão lhe matado com certeza,
Perderá o objeto da vida:
Poetar o mar; poetar o ar e flores de amores.

Poeta é assim, sem tirar nem por.
Se não ama, não poetiza,
Se não poetiza não está amando,
E se não ama um amor, ama a água; o vento e o ár.

Poeta ver estro onde direciona o olhar,
Enrosca-se no nada e extrai o perfume,
E lhe joga ao vento perfumando seu caminhar,
E depois disso tudo se unta com o restinho.
Poeta é assim! Sem tirar nem botar...

Antonio Rey.


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