terça-feira, 21 de novembro de 2017

Temores de Amar.


E entre balbuciares inconfessáveis,
Quando o beijo celebra a comunhão,
Em fios de amores amáveis,
No delta deste meu amar,
No furor desta paixão.

Tenho-te cingida em meu peito,
E tua boca a buscar a minha,
No céu, na relva ou no leito,
Urdimos este amor de se amar,
Enquanto a vida caminha.

E quando este amor não tenho,
Por não refletires este meu amar,
Sói lúgubre e não me contenho,
Sói tão somente solidão,
Qual náufrago em alto mar.

E ao nortear a bússola do amor,
Para o hemisfério que tu és,
Sou o colibri e tu és a flor,
Neste nosso jardim de nos amar,
Onde me curvo aos teus pés.


Antonio Rey

Nenhum comentário:

Postar um comentário