segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Cântico Sem Vida!



Olhar,
Imaginar...
Desejos despertos!
Inércia,
Pensar,
Temer,
Morrer...

Vinícius,
Quintana,
Neruda,
Teriam morrido?

Grilhões,
Deixem-me singrar neste imaginário mar,
Donde covardemente espreito leões,
Não me faças afogar!

Grilhões que impávido aceito,
Soltai-me ainda que tarde,
Isenta-me do opróbrio no meu peito,
Deixa-me aqui como sói: covarde.

Grilhões! Ra, Ra, Ra, Ra...
Gargalho nesta lânguida angústia
Qual um a cotovia sem cantar,
Neste ocaso que se inicia...

Antonio Rey.

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