quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Congresso Fétido!






Congresso Fétido!

É degradante a situação política do nosso país. O fisiologismo tem sido a palavra da vez.
O homem de bem não pode aceitar passivamente a indignidade a lhe conduzir; a lhe mandar.
Jamais vi em toda a minha vida um presidente tão sínico quanto este; jamais vi um congresso nacional tão sem moral quanto este que aí está. O interessante é que é o mesmo congresso que impediu a Dilma.
Seus pares galhofam publicamente sem se importarem com as opiniões daqueles que lhes elegeram. Não têm vergonha de nada, porque não sabem o que é ser dignos e só tem vergonha quem é digno.
Minha angústia é tamanha que recorro a uma poesia que fiz a uns quinze anos atrás.

ARROGÂNCIA






Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Humilhando aos humilhados sobre o erário que não é teu
Sangrando os cofres públicos com ganância insaciável.
Engordando suas contas bancárias
Deixando o pobre mais miserável.

Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Tripudiando o eleitor que te içou às alturas,
Simples em sua pobreza brigou com o melhor amigo,
Perdeu o arrimo dos pais, ficou sozinho consigo,
Julgando ser seu amigo o seu pior inimigo.

Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Negando o calor amigo a quem sempre esteve contigo
Deixando-o acabrunhado, qual a dor de Prometeu,
Pois antes de sufragá-lo, sonhava contar contigo,
Mas, quando te elegeu viu no teu olhar, o erro que cometeu.

Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Praticando o nepotismo
Juntando em seu semicírculo, incompetentes ridículos,
Desprezando os instruídos, sem motivo, sem sentido,
Porque os instruídos são honestos; - os déspotas seus amigos.

Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Tu que ontem era humilde,
Hoje, sorrindo impávido,
Soltando teus agouros; teus brados,
Cuspindo tua empáfia no pobre eleitor humilhado.

Vejo-te arrogância sobre as asas do poder
Passar, olhar para mim e o teu rosto torcer...
Boba, tola, idiota. Tu, que não tens nada de ti,
Eu, pelo menos sei rimar, por isso posso sorrir.
E tu? Livre do que rouba de mim o que tens mesmo de ti?


Antonio Reinaldo Carneiro Oliveira.    



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