Corre em minhas artérias amor,
Enquanto meus versos não se entregam,
Orlando as areias das emoções sentidas,
Aos gritos que a mudez carregam.
Nas subversões das frases não ditas.
Subvertem outrossim a poética,
Dando-lhe o seu imaginar,
Em críticas sem fundamentos,
Inibindo o meu criar,
Em seus rosários e pensamentos.
Assim o poetar se esvai,
Temendo o criticar,
Quebrando seu rosário criador,
No anverso do amar,
Lacrando seu fulcro e seu ardor.
E o que será da poesia?
Perderá o Vate seu estro?
Que dirão os imaginares,
Por certo que eu não presto,
Pois lacrei os seus pensares.
Mas o poeta viverá,
E sua verve também,
Talvez em outros mundos,
No Céu, ou mais além,
Distantes dos pensares imundos.
Antonio Rey.
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