quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Enquanto.


Pálida imaginação a fotografar no inaceitável,
Teu rosto, tecido em fios de beleza,
De lindos contornos, por mãos santas, esculpidos,
Inquieto-me.

Vendo a cabeça dirigida ao Alto em introspecção,
Cabelos timidamente molhados,
Enquanto o pensamento e o corpo brigavam,
Orei.

E se o estúpido admirador sangrava em mares de amor,
Enquanto rabiscava seus rabiscos de viver;
Enquanto permitia aquele amor crescer.
Amei-te!

E enquanto o sopro maldito dissipou o amor;
Despetalou o cravo ante o crivo certeiro,
O amante coitado, ali arrasado,
Rezou no rosário de contas de horror.


Antonio Rey.

Nenhum comentário:

Postar um comentário