terça-feira, 8 de outubro de 2013

Flor em alguidar.

E o vale do amor,
Fecundado pelas possibilidades divinais,
Fez-se em perfume; fez-se em flor,
Nos sorrisos matinais.

E o coração calejado do viver,
Viu-se tecendo seu amar,
Em fios do silencio sem te ter,
Na angústia do esperar.

Alinhavos de certeza e incertezas,
Matizavam a flor em tais coloridos,
Como alguidares dispostos sobre as mesas,
Sonhava este sonho entre lágrimas e sorrisos.

E o medo de acordar de um sonho irreal,
Começou a badalar o coração...
Arritmia, taquicardia e dor sem igual,
Matizando a mais doce emoção.

E o jardineiro debalde, apenas o solo cutuca,
Intranquilo teme o broto não desabrochar,
Dói-lhe o peito, a alma, a nuca,
Entre flores em alguidar.


Antonio Rey.

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