E o vale do amor,
Fecundado pelas possibilidades divinais,
Fez-se em perfume; fez-se em flor,
Nos sorrisos matinais.
E o coração calejado do viver,
Viu-se tecendo seu amar,
Em fios do silencio sem te ter,
Na angústia do esperar.
Alinhavos de certeza e incertezas,
Matizavam a flor em tais coloridos,
Como alguidares dispostos sobre as mesas,
Sonhava este sonho entre lágrimas e sorrisos.
E o medo de acordar de um sonho irreal,
Começou a badalar o coração...
Arritmia, taquicardia e dor sem igual,
Matizando a mais doce emoção.
E o jardineiro debalde, apenas o solo cutuca,
Intranquilo teme o broto não desabrochar,
Dói-lhe o peito, a alma, a nuca,
Entre flores em alguidar.
Antonio Rey.
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