quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Devaneando!





 
Fustiga-me este olhar por entre as frestas do tempo,
Açoitando a rebeldia inata,
De este coração que em cascata se desfaz,
Em gotas de lágrimas de então.

E as gotas,
Irrigam a erva natimorta do amor,
A exemplo de certa flor que em botão pecou,
Deixando o perfume pra depois.

Fustiga-me sim, o não saber do saber,
Neste olhar que não ver,
Nestas rimas inglórias,
No poetar do sofrer.

Fustiga-me sim, as peripécias dos carmas,
Regidas por voraz batuta,
Que desencontram as almas,
Em tramas bem mais que astutas.

Fustiga-me o deixar pra depois,
A doçura do amar,
Sob o látego da dor do anzol,
Que me insiste em iscar.

E de cá teço olhar lacrimoso,
Forjando o mar de chorar,
Neste sofrer de amor tão gostoso,
Neste imensurável mar de amar.

Antonio Rey.



Um comentário:

  1. Apesar de ser um espaço particular, o que aqui posto, o faço porque sei que amigos e outros, leem. quem quiser, pode compartilhar, e, principalmente deixar comentários.

    Muito Grato.

    Antonio Reinaldo.

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