Fustiga-me este olhar por entre as frestas do tempo,
Açoitando a rebeldia inata,
De este coração que em cascata se desfaz,
Em gotas de lágrimas de então.
E as gotas,
Irrigam a erva natimorta do amor,
A exemplo de certa flor que em botão pecou,
Deixando o perfume pra depois.
Fustiga-me sim, o não saber do saber,
Neste olhar que não ver,
Nestas rimas inglórias,
No poetar do sofrer.
Fustiga-me sim, as peripécias dos carmas,
Regidas por voraz batuta,
Que desencontram as almas,
Em tramas bem mais que astutas.
Fustiga-me o deixar pra depois,
A doçura do amar,
Sob o látego da dor do anzol,
Que me insiste em iscar.
E de cá teço olhar lacrimoso,
Forjando o mar de chorar,
Neste sofrer de amor tão gostoso,
Neste imensurável mar de amar.
Antonio Rey.
Apesar de ser um espaço particular, o que aqui posto, o faço porque sei que amigos e outros, leem. quem quiser, pode compartilhar, e, principalmente deixar comentários.
ResponderExcluirMuito Grato.
Antonio Reinaldo.