Em fios de negação,
Onde cravas no madeiro dos sentimentos,
Dor, desalento, e lassidão,
Eriges o lapso da distância.
Desconhecendo a alma que te cuida,
Fere-a com adaga embebida neste vinho amargo,
Na tirania destes pensamentos,
E a defesa é com a luz da alma.
Destemido prossegue na dedicação,
Forjando em tons de desânimo o viver,
Alheio aos pensares de toda ordem,
Que longe de lenificar, ferem.
E as palavras,
Nascidas dos sentimentos,
Soam descoloridas, sem propósitos, descabidas.
Cindindo o amor no tempo nascido.
Mas amor que é amor,
Mesmo ferido, não se pesa nem mede,
Antes prossegue no seu ofício,
Construindo com os fatos, seu viver.
Por Antonio Rey.
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