quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Dor e desalento.



Em fios de negação,
Onde cravas no madeiro dos sentimentos,
Dor, desalento, e lassidão,
Eriges o lapso da distância.

Desconhecendo a alma que te cuida,
Fere-a com adaga embebida neste vinho amargo,
Na tirania destes pensamentos,
E a defesa é com a luz da alma.

Destemido prossegue na dedicação,
Forjando em tons de desânimo o viver,
Alheio aos pensares de toda ordem,
Que longe de lenificar, ferem.

E as palavras,
Nascidas dos sentimentos,
Soam descoloridas, sem propósitos, descabidas.
Cindindo o amor no tempo nascido.

Mas amor que é amor,
Mesmo ferido, não se pesa nem mede,
Antes prossegue no seu ofício,
Construindo com os fatos, seu viver.


Por Antonio Rey. 

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