terça-feira, 29 de agosto de 2017

Viestes!


Viestes em fios de candura,
Dar-me alento, enquanto atento,
Dediquei-me a ti,
Imensamente devotado,
Navegando meu amar, em refregas de branduras.

Viestes sem nada me dizer,
Com o perfume só teu, me perfumaste,
Com o suor da paixão, me untaste,
Devotei-me...
Fiz o que me cabia fazer.

A mim viestes sem pretensão,
Iluminou-me com tua luz,
Inebriou-me com o teu perfume,
Desarmei-me,
Fiz do amor, devoção.

Entretanto, em silêncio vais aos poucos,
Deixando-me angustiado,
Preso em fios de ilações,
Conjecturando situações,
Enquanto morro de não saber, feito um louco.



Antonio Rey.

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