terça-feira, 22 de agosto de 2017

Movimentos Vãos.




        

            Existem vários movimentos em prol da natureza, todos, muito em voga e crescente em todos os setores da sociedade, mormente na net. A pouco votei em um pró-preservação da amazônia.
            Decerto que estes são movimentos maravilhosos e que no fundo obedecem a uma imposição MAIOR, no afã de minimizar a degradação de todo o nosso habitat.
Entretanto, uma coisa me preocupa. É que todos os que se preocupam com o desmatamento da amazônia por exemplo, não se preocupam com as emissões de gazes que os seus veículos projetam no ar, nem com o gasto excessivo de água enquanto estão em seus banheiros, sós com suas consciências, como também com o gasto de energia elétrica, tampouco deixam de se alimentar com seres vivos que são sacrificados para o nosso deleite. Se, se poderia tomar um banho em cinco minutos, por que levar vinte ou trinta minutos neste banho? Já pensou a economia de energia e água? Já não é chegado a hora de o homem elaborar o seu próprio alimento sem sacrificar a natureza que é parte de nós mesmos? Será que já não chegou a hora de o homem aprender a se alimentar apenas do ar e da água para preservar a natureza objeto de tanta preocupação? Não é engraçado ir para frente das câmeras de televisão, jornais e toda à mídia se dizendo defensor da natureza e depois no silêncio da sua residência se tornar um vilão dos mananciais de água potável e tudo?
Penso que todos que estão “verdadeiramente imbuídos” de fazer esta transformação, devem fazer uma reflexão para poderem se ver no contexto. É mister manter unicidade de pensamentos e ideais. Não se pode querer apenas APARECER em nome de uma causa que é nobre, mas que, ao que me parece, visa apenas e tão somente a projeção, porque se assim não fosse, aquele que vende camisa contra a degradação da amazônia, volto a repetir, não gastaria tanta água, nem tanta energia, nem poluiria o ar com seus automóveis e motos excepcionais nem se alimentariam como se alimentam.
            Quero dizer que, se no silêncio de nós mesmos não nos policiarmos contra os excessos que em nome do nosso bem estar praticamos, terá sido vão, todo e qualquer movimento que viermos a promover ou participar coletivamente. É como se lutássemos pela paz na frente das câmeras e no silêncio de o nosso lar, fôssemos os maiores déspotas, de esposas, esposos, filhas e filhos.
            Que os nossos movimentos não se tornem vãos. Para tanto, repensemos nosso viver.

Beijos!  Mil beijos...


Antonio  Rey.

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